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terça-feira, 28 de junho de 2011

JÓ, O LIVRO DOS CONFLITOS ou a razão deles, 1900 anos A.C. COM UM ESTUDO BÍBLICO ACERCA DO LIVRO

Normalmente, intuído por um tema, passo a escrever uma introdução que tem a função de prender a atenção do leitor ( me incluo e me imagino como um deles lendo um texto que ainda não conheço ) e se claro a introdução me cativar leio o resto, não importando se terei que contradizê-lo, refutá-lo em parte, desprezá-lo ou acatar o que é exposto. Dessa vez, embora tenha tido a intuição de falar sobre o que estarei dizendo linhas abaixo ( na verdade alguns pequenos fatos reais ) e por razões logísticas ( parte do testo está em outro computador, minhas USBs estão todas ocupadas neste, estou com preguiça de desmontar as ocupadas neste, etc, etc, etc, enfim detalhes tão transcendentais e tão importantes frete aos demais problemas e desafios do mundo, que quase desisto. além do que as três lâmpadas do meu quarto queimara a pouco e ficam tão altas, tenho uma escada pequena e elas estão bem ao centro do quarto sobre a beirada da cama...tantos problemas e detalhes...e não tenho uma lâmpada para trocar, na verdade duas, fluorecentes tão grandes que não precisava tanto, e nem sei onde encontrá-las amanhã a tarde, e certo que não será em qualquer loja ou supermercado...ufa...!

Bem espero não ter perdido os leitores que casualmente ou esperançosamente deram com essa postagem, ou pela boa cabeça de texto ( chamada no jargão jornalístico ) mas tem a ver com a introdução a minha abordagem do livro de Jó, uma dos que mais gosto na Bíblia, e não é pela vida e simpatia por Jó, que muitos naturalmente têm, mas pela discussão em trinta e cinco ou trinta e seis capítulos desse importante livro. De fato perdem muito, os teólogos liberais e outros assemelhados que buscam todo o custo e bastante objetivamente ( nove em cada dez professores de teologia em seminários tradicionais ) desqualificar negando a sua veracidade, a existência do homem Jó e portanto os fatos a sua vida relacionados e registrados. Azar deles!!!

Nesse quesito, os pentecostais ( de fato não os godins da vida ) e os neopentecostais levam vantagem sobre todos os demais ( reformados, tradicionais, etc, etc ) pois acreditam em Jó, Sodoma e Gomorra, Adão e Eva, o Diabo, inferno, céu, anjos, demônios, Jonas...ah! o Jonas e a o grande peixe ( que para eles pode ser baleia mesmo ) e como diz a minha esposa, se fosse Jonas engolindo a Baleia ( Cachalote a maior delas ), estando na Bíblia, sem problemas, cremos do mesmo jeito. Nem o centurião com tanta fé!!!

Os livros poéticos ( e Jó se inclui pelo estilo de registro claramente literário neles mesmo sendo biográfico ) são livros profundamente reflexivos, as palavras neles encontradas são diálogos do homem com a sua própria alma, e diálogos de sabedoria, aqueles diálogos sonhados pelo filósofo em busca da verdade. Portanto não são decididamente de fácil compreensão, não são para pessoas ( são para todos os que deles tomarem conhecimento ) mas não para aqueles que mesmo lendo-os não se quedam calmamente a uma reflexão a sós consigo mesmos.  Mas não é só isso são igualmente proféticos, testemunhais, eternos como toda a Palavra de Deus, reveladora da exaltada Sabedoria, justiça e amor de Deus. Igualmente reveladora da real situação humana, como indivíduo ou grupo maior como família, nação e povo.

Para usufruir do livro de Jó, sua revelação sábia e divina, esse homem, esse ser humano tem que ter obrigatoriamente perguntas, sede e busca pela verdade, tem que ser alguém que se indague a cerca da vida, do mundo, da humanidade e de Deus, acerca do bem e do mal. Só assim sedento, curioso, desejoso de uma resposta, humilde, começará e poderá finalmente ser abençoado com a sabedoria dos céus, reveladas nessa porção da santa e verdadeira Palavra de Deus.

Não repisarei o texto do livro de Jó, demandaria tempo, vá a uma Bíblia e leia-o lá. O palco é o mundo e os atores são os homens, mas não são os únicos. Nele e fora dele estão Deus, os filhos de Deus ( seres nos céus quase certamente, mas isso é uma outra consideração particular ) e dentre eles um palpiteiro, mas infelizmente não um palpiteiro qualquer, de fato um velho conhecido, mal visto e mal vindo, pelo menos para nós: Satanás. Satanás põe em dúvida algo provável, uma meia verdade, a de que Jó bendiz a Deus ( de fato Jó não são cria e era portanto um crente no melhor modelo, mas Jó produzia frutos condizentes com a sua fé em Deus, temia a Deus inclusive pelos seus filhos, péssimos exemplos de filhos e filhas de um homem temente e exemplar diante de Deus. Satanás não mentiu, disse uma verdade válida para centenas e milhares de crentes  antes de Jó e milhares de nos depois verdade para mais um monte de cristãos hoje: bendizem a Deus enquanto tão somente Deus lhes favoreça, embora hoje também não seja a única verdade para todos.

Deus acatara a sugestão de Satanás, não porque Satanás seja ou fosse grande coisa, mas por justiça: Deus não pode favorecer alguém em situação injusta, jamais. De fato, os filhos e filhas d Jó, sua mulher, como pode ser visto mais a frente, não eram grandes coisas. Não expor Jó seria proteger injustamente uma corja de incrédulos e sobre os quais Satanás, se a eles se referissem teria toda a razão. Uma importante observação: Satanás é maior do que um simples homem, um ex-querubim, com vida eterna, indestrutível e incansável, obstinadamente mau, mas não é burro. O pai da mentira e mentiroso desde o princípio, não diz uma mentira totalmente imprópria, foi assim do Éden e assim com o Senhor Jesus:ela a distorce e confunde, de forma que o ônus do erro fique sempre apara a sua vítima. O comportamento de Jó era bastante provável, razoável e humano, tanto que a sua esposa, teve exatamente a atitude prevista por Satanás( não profetizada, imaginada, Satanás não vê o futuro, apenas o imagina, joga com as probabilidades exatamente como nós ).

O livro de Jó traz uma resposta direta e reveladora: Deus não é a causa do mal ao homem! Pois Deus é amor revelada peremptoriamente em todas a Escritura. Quando alguém diante do Senhor Jesus, disse-lhe se quiseres podes limpar-me  ( o leproso ), o Senhor Jesus prontamente respondera: Quero!Sê limpo. Infelizmente setores do cristianismo evangélico erram e erram feio, sob pretexto de dar maior glória e reconhecimento a soberania de Deus, afirmar que Deus criou e exerce o mal na vida do homem. Dessa forma e por consequência, o  estupro, o assassinato, o mais vil dos crimes é o pelo braço de Deus. Confundem "permissão", "conhecimento" ( pré, em tempo real, e histórico/ memorístico/ registrativo ), com "vontade" ( decreto, lei, ação ). Segundo a compreensão destes, corremos o risco de não odiarmos a Satanás e não tomá-lo como inimigo odioso e não festejarmos a suas condenação certa e irreversível. Pra estes errôneamente só a Deus e mais nada. Uma igreja assim , com pastores a sua frete com essa mentalidade é inofensiva nesse mundo e o Diabo, Satanás, ri-se dela e da maneira como compreende a realidade espiritual, essa igreja não lhe é perigosa, em nenhum sentido.

Vemos no livro de Jó que infelizmente Satanás tem sim grande poder, fez desabar a casa em que os filhos de Jó estavam. Matou-lhes o rebanho e numa segunda investida autorizada pelo próprio Deus tocou-lhe o corpo produzindo desordem física, quem saber em termos científicos, uma bactéria nocivas um vírus, uma doença auto imune, não sabemos, mas as consequências foram terríveis. Somente a alma, a mente foram, sob ordem de Deus foram impedidas de serem tocadas por ele, Satanás, mas até elas poderia tocá-las se lhe fosse permitido por Deus. Satanás escraviza, faz sofrer, produz desordem física , emocional, na vida de muitas pessoas hoje diariamente, todos os dias, em todos os lugares do mundo e das mais diversas formas, de acordo com as diversas vulnerabilidades de cada pessoa. Essa é a terrível realidade.

Dos mais de trinta e quatro capítulos restantes, temos diálogos preciosos e indagadores acerca das relações entre os homens, incluídas justiça, soberba, humildade, crime, cobiça, ignorância, rebeldia, obediência, sabedoria, etc. Acho que convém relacionar essas coisas e abordá-las com mais calma e profundidade em uma segunda postagem sobre o assunto. Que tal? Segue-se agora dois esboços de estudos bíblicos a serem feitos pessoalmente ou com a sua igreja. Portanto abençoe-se a si mesmo ou a outros irmãos e família. Mãos a obra!

Por Helvécio S.Pereira



Chave: Provação

Comentário:


A apresentação claramente visível do livro - prólogo, discurso e epílogo, além dos ciclos dentro dos próprios discursos - demonstra-nos que se trata de uma interpretação teológica de certos acontecimentos da vida de um homem chamado Jó. Do começo até ao fim o autor procura com diligência responder a uma pergunta básica. Qual é o significado da fé?


Chefe tribal de extraordinária piedade e integridade, Jó é abençoado por Deus com prosperidade terrena que o converte no homem "maior do que todos os do oriente" (1:3). De repente, Jó sofre vários reveses de fortuna. Vítima de uma série de grandes calamidades, vê-se privado primeiro de seus bens e de seus filhos (1:13-19). Seu corpo se cobre de uma enfermidade repulsiva (2:7). Três amigos, que se apresentam com a intenção evidente de consolar Jó, insistem em que seu sofrimento é castigo pelo pecado , e por isso mesmo, seu único recurso é o arrependimento. Mas Jó repudia com veemência esta solução, afirmando sua integridade, e admitindo ao mesmo tempo sua incapacidade de entender sua própria condição.


Outro amigo, Eliú, sugere que Jó está passando por um período de disciplina de amor ordenada por Deus, para impedi-lo de continuar pecando. Jó rejeita também esta interpretação. Finalmente, Deus responde às contínuas solicitações de Jó, de uma explicação direta de seus sofrimentos. Deus responde, não mediante uma justificação de sua conduta, nem mediante uma solução imediata, mas em virtude de sua apresentação de si mesmo com sabedoria e poder. Esta apresentação é suficiente para Jó; observa ele que, por ser Deus quem é, deve haver uma solução, e nela apoia sua fé.

Conquanto o tema do sofrimento e suas causas seja predominante no livro, este preenche um fim mais amplo na mente do autor: o de demonstrar que a certeza da fé não depende das circustâncias externas nem das explicações conjeturais, mas do encontro da fé com um Deus onipotente e onisciente.

Autor:


O livro não nos dá indicações certas do autor nem do tempo em que foi escrito. Embora muitos, atualmente, afirmem que foi escrito no exílio ou em época pós-exílio (sexto a terceiro século a. C), tradicionalmente tem-se fixado a data na época dos patriarcas (século XVI a.c.), ou nos dias de Salomão (século X a.C.).

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Robert B. Laurin
Doutor em Filosofia e Letras 




ESTUDO SOBRE O LIVRO DE JÓ



Autor: Incerto (Moises ou Salomão)
Data: Não especificada ( do séc. V ao II aC)
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Para melhor estudar o Livro de Jó
devemos considerar alguns aspectos importantes...

Épocas referentes ao Livro
(1)Escrito por Esdras ... Satanás era pouco conhecido
(2)Vivido quando Abraão e Israel não existia
Explicações dadas nos relatos
(3)Que Deus não faz o mal... 1Sm.19:9, 2Sm.24:1
(4)Que o mal vem do Diabo... 1Cr.21:1
(5)Que Deus permite, mas sob Seu controle
(6)Que mesmo os justos sofrem aflições
(7)Que não devemos reclamar, mas descansar
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Esboço de Jó
Introdução 1.1-2.13
Jó é consagrado e rico 1.1-5
Satanás desafia o caráter de Jó 1.6-12
Satanás destrói as propriedades e os filhos de Jó 1.13-22
Satanás ataca a saúde de Jó 2.1-8
Reação da esposa de Jó 2.9,10
A visita dos amigos de Jó 2.11-13
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I. Diálogo entre Jó e os seus três amigos 3.1-26.1
Clamor de desespero de Jó 3.1-26
Primeiro diálogo 4.1-14.22
... Elifaz repreende a Jó e afirma a Justiça de Deus 4:1-21
... Elifaz exorta a Jó a que busque a Deus 5:1-27
... Jó justifica as suas queixas 6:1-7:21
... Bildade refuta as palavras de Jó e justifica a Deus 8:1-22
... Jó confessa a justiça de Deus e pede alívio para a sua miséria 9:1-35
... Jó protesta contra a severidade de Deus 10:1-22
... Zofar repreende a Jó, mostra a sabedoria de Deus e exorta ao arrependimento 11:1-20
... Jó defende-se das acusações de seus amigos 12:1-25
... Jó acusa seus amigos de defenderem falsamente a Deus 13:1-28
...Jó roga ofavor de Deus por causa da brevidade e miséria da vida humana 14:1-22
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Segundo diálogo 15.1-21.34
... Elifaz acusa Jó de presunção 15:1-35
... Jó acusa seus amigos de falta de compaixão e misericórdia 16:1-17:16
... Bildade acusa Jó de presunção e impaciência 18:1-21
... Jó queixa-se da obstinação e dureza dos seus amigos 19:1-29
... Zofar descreve as calamidades que os ímpios sofrem 20:1-29
... Jó mostra que os ímpios muitas vezes gozam prosperidade nesta vida 21:1-34
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Terceiro diálogo 22.1-26.14
... Elifaz acusa Jó de diversos pecados e o exorta a não resistir ao Todo-Poderoso 22:1-30
... Jó deseja apresentar-se a Deus e confia na sua misericórdia 23:1-17
... Jó contesta que os ímpios, muitas vezes, ficam sem castigo nesta vida 24:1-25
... Bildade sustenta que o homem não pode, sem presunção,justificar-se diante de Deus 25:1-6
... Jó repreende Bildade e exorta o poder de Deus 26:1-14
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II.Discurso final de Jó aos seus amigos 27.1-31.40
... Jó sustenta sua integridade e sinceridade 27:1-23
... O homem tem ciência das coisas da terra, mas a sabedoria é dom de Deus 28:1-28
... Lamentação de Jó, ao lembrar-se do seu primeiro estado 29:1-25
... Jó descreve o estado miserável em que caiu 30:1-31
... Jó declara sua integridade nos seus deveres 31:1-40
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III. Eliú desafia Jó 32.1-37.24
... Eliú repreende Jó e a seus três amigos 32:1-22
... Eliú acusa Jó de se opor a Deus e de entender mal os seus caminhos 33:1-33
... Eliú acusa Jó de falar injustamente de Deus 34:1-37
... O bem e o mal não afetam a Deus, mas algumas vezes, por faltar fé aos aflitos, ele não os ouve 35:1-16
... Eliú justifica a Deus e diz a Jó que o seu pecado estorva a bênção divina 36:1-33
... O homem, por conhecer as obras de Deus e a sua sabedoria, deve temê-lo 37:1-24
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IV. Deus responde de um redemoinho 38.1-41.34
... Deus responde a Jó e mostra-lhe sua grandeza e sabedoria 38:1-41:34
...... O primeiro discurso... Seu conhecimento 38:1-40:2
...... O sábio silêncio de Jó 40:3-5
...... O segundo discurso... Seu poder 40:6-41:34
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V. A resposta de Jó 42.1-6
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VI. Parte histórica final 42.7-17
... Deus manda os amigos de Jó ir ter com ele e oferecer sacrifícios 42:7-9
... Deus confere a Jó o dobro da prosperidade que tinha antes 42:10-17
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Outro Esboço 
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Autor
A autoria de Jó é incerta. Alguns eruditos atribuem o livro a Moisés. Outros atribuem a um dos antigos sábios, cujos escrito podem se encontrados em Provérbios ou Eclesiastes. Talvez o próprio Salomão tenha sido seu autor.
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Data
Os procedimentos, os costumes e o estilo de vida geral do livro de Jó são do período patriarcal (cerca de 2000-1800 aC). Apesar dos estudiosos não concordarem quanto à época em que foi compilado, este texto é obviamente o registro de uma tradição oral muito antiga. Aqueles que atribuem o livro a Moisés, acham que a história surgiu lá pelo séc. XV aC. Ouros acham que surgiu lá pelo séc. II aC. A maior parte dos conservadores atribuem Jó ao período salomônico, pela metade do séc. X aC.
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Conteúdo

A própria Escritura atesta que Jó foi uma pessoa real. Ele é citado em Ez 14.14 e Tg 5.11. Jó era um gentil. Acredita-se que era descendente de Naor, irmão de Abraão. Conhecia Deus pelo nome de “Shaddai” - o Todo Poderoso. (Há 30 referências a Shaddai no Livro de Jó). Ele era um homem rico e levava um estilo de vida siminômade.

O Livro de Jó tem sido chamado de “poema dramático de uma história épica”. Os caps 1-2 são um prólogo que descreve o cenário da história. Satanás apresenta-se ao Senhor, junto com os filhos de Deus, e desafia a piedade de Jó, dizendo: “Porventura, teme Jó a Deus debalde?” (1.9). Vai mais longe e sugere que se Jó perdesse tudo o que possuía, amaldiçoaria a Deus. Deus dá licença a satanás para provar a fé que tinha Jó, privando-o de sua riqueza, da sua família e, finalmente, da sua saúde. Mesmo assim, “em tudo isto não pecou Jó com os seus lábios” (2.10). Jó, então, é visitado por três amigos—Elifaz, o temanita; Bildade, o suíta e Zofar, o naamatita; que ficam impressionados pela deplorável condição de Jó que permanecem sentados com Jó durante sete dias sem dizer uma só palavra.


A maior parte do livro é composta por três diálogos entre Jó e Zofar, seguidos pelo desafio de Eliú a Jó. Os quatro homens tentam responder a pergunta: “ Por que sofre Jó?” Elifaz, argumentando a partir da sua experiência, declara que Jó sofre porque pecou. Argumenta que aqueles que pecam são punidos. Como Jó está sofrendo, obviamente pecou. Bildade, sustentando sua autoridade na tradição, sugere que jó é um hipócrita. Também ele faz a inferência de que se os problemas vieram, então Jó deve ter pecado. “Se fores puro e reto, certamente, logo despertará por ti” (8.6). Zofar condena Jó por verbosidade, presunção, e pecaminosidade, concluindo que Jó está recebendo menos do que merece: “Pelo que sabe Deus exige de ti menos do que merece a tua iniqüidade” (11.6)


Os três homens chegam basicamente à mesma conclusão: o sofrimento é conseqüência direta do pecado, e a iniqüidade é sempre punida. Argumentam que é possível avaliar o favor ou desfavor de Deus a alguém pela prosperidade ou adversidade material. Assumem erroneamente que o povo pode compreender os caminhos de Deus sem levar em conta o fato de que as bênçãos e a retribuição divina podem ir além da vida presente.


Na sua resposta aos seu amigos, Jó reafirma a sua inocência, dizendo que a experiência prova que tanto o justo como o injusto sofrem, e ambos desfrutam momentos de prosperidade. Lamenta o seu estado deplorável e as sua tremendas perdas, expressando a sua tristeza em relação a eles por acusarem-no em lugar de trazer-lhe consolo.


Depois que os três amigos terminam, um jovem, chamado Eliú, confronta-se com Jó, que prefere não responder suas acusações. O argumento de Eliú pode ser resumido desta maneira: Deus é maior do que qualquer ser humano, isso significa que nenhuma pessoa tenha o direito ou autoridade de exigir uma explicação dele. Argumenta que o ser humano não consegue entender algumas coisas que Deus faz. Ao mesmo tempo, Eliú sugere que Deus irá falar se ouvirmos. A sua ênfase está na atitude do sofredor, ou seja, uma atitude de humildade levará Deus a intervir. Essa é a essência da sua mensagem: em vez de aprender com o seu sofrimento, Jó demonstra a mesma atitude dos ímpios para com Deus, e esta é a razão pela qual ainda está sofrendo aflição. O apelo de Eliú a Jó é:

1) ter fé verdadeira em Deus, em vez de ficar pedindo explicação.

2) Mudar a sua atitude para uma atitude de humildade.




Não se deve concluir que todas as objeções dos amigos de Jó representem tudo o que se pensava de Deus durante aquela época. Na medida em que a revelação da natureza de Deus foi se fazendo conhecida através da história e das Escrituras, descobrimos que algumas dessas opiniões eram incompletas. Evidentemente, isso não faz com que o texto seja menos inspirado, antes nos dá um relato inspirado pelo ES dos incidentes como realmente aconteceram.


Quando os quatro concluíram, Deus respondeu a Jó de dentro de um remoinho. A resposta de deus não é uma explicação dos sofrimentos de Jó, mas, através de uma série de perguntas, Deus procura tornar Jó mais humilde. Quando relemos a fala de Deus através do remoinho, tiramos três conclusões a respeito do sofrimento de Jó:

1) não aparece a intenção de se revelar a Jó a causa dos seus sofrimentos. Deus não podia, provavelmente, explicar alguns aspectos do sofrimento humano, no momento em que acontece, sem o risco de destruir o próprio objetivo que esse sofrimento é destinado a cumprir.

2) Deus se envolve com a realidade do ser humano: Jó e o seu sofrimento são suficientes que Deus fale com ele.

3) o propósito de Deus também era o de levar Jó a abrir mão da sua justiça própria, da sua defesa própria e sabedoria auto-suficiente, de forma que pudesse buscar esses valores em Deus.
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O Espírito Santo em Ação

Eliú, em seu debate com Jó , faz três declarações significativas sobre o papel do ES no relacionamento do povo com Deus. Em 32.8, declara que o nível de compreensão de uma pessoa não está relacionada à sua idade ou etapa de vida, mas é antes o resultado da operação do Espírito de Deus. O Espírito é o autor da sabedoria dando a cada um a capacidade de conhecer e tirar lições pessoais das coisas que acontecem na vida. Assim, conhecimento e sabedoria são bênçãos do Espírito aos homens.

O Espírito de Deus é também a fonte da própria vida (33.4). Se não fosse pela influência direta do Espírito, o homem como nós o conhecemos não teria chegado a existir. Assim foi na criação original do homem, e assim continua sendo. Eliú declara que a sua própria existência dá testemunho do poder criador do Espírito. O Espírito de Deus é o Espírito da vida.

Como o Espírito de Deus dá vida e sabedoria ao homem, ele também é essencial à própria continuidade da raça humana. Se Deus tivesse que desviar a sua atenção para outro lugar, se tivesse que retirar o seu Espírito-que-dá-vida deste mundo, certamente a história humana chegaria ao seu fim (34.14,15). A intenção de Eliú é deixar claro que Deus não é caprichoso nem egoísta, pois cuida do ser humano, sustenta-o de forma constante pela abundante presença do seu Espírito. Dessa forma, o Espírito Santo no livro de Jó é o criador e mantenedor da vida, conferindo –lhe significado e racionalidade.

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sexta-feira, 24 de junho de 2011

DEPRAVAÇÃO TOTAL OU O QUE FOI A QUEDA DO HOMEM

Longe de dirigir as minhas próximas reflexões a uma doutrina particular ( o que de fato não é o objetivo e nem interesse ) pois de fato, a despeito do título familiar a calvinistas principalmente, vai além, e nem seria necessária uma ligação única com essa particular doutrina de um setor cristão-evangélico. Por isso, peço que caso um irmão calvinista comece a ler esse texto, vá até o fim, pois o mesmo não tem nem por intenção dirigir sua artilharia contra as suas posições teológicas, embora, pela simples abordagem não a deixe totalmente ilesa, mas o objetivo é instigar uma reflexão ampla sobre a queda, a origem do pecado, o que seja o pecado e a condição atual do ser humano. A questão é: não se trata nem de um ataque e nem um debate simplório entre duas posições teológicas.

A queda do homem é uma doutrina particular do cristianismo. Em linhas gerais  o cristianismo não é a única religião que nos informa que o homem não está bem. Essa informação, essa declaração, não é original nem finalmente uma declaração particular dos cristãos. Não chega nem ser um ponto controverso quando se olha os fatos, vemos as notícias do dia a dia. De fato todas as religiões nos informa que a um "mal" a ser evitado, que existe um mal no mundo e dentro de nós. Nesse quesito o cristianismo em suas várias divisões não é original. Porém só o cristianismo, pelo menos a parte que permanece sem violar a mais predominante ortodoxia, declara que houve uma queda ( é claro que o judaísmo como mordomo da primeira revelação divina também e antes do cristianismo ).

Essa queda está relacionada ao relato do Éden, aceito e contado em detalhes diversos pelo islamismo que nega a queda e portanto o pecado "original". Esse detalhe é importante e por isso que eu pessoalmente faço constantemente uma defesa e uma exortação a se crer nos textos bíblicos considerados erroneamente mais simplórios e "míticos" pela teologia liberal muito apropriada a "cristãos" cultos e letrados, sensíveis a serem taxados como fanáticos e fundamentalistas. Afinal se parte da Bíblia é inverossimel, como ter certeza absoluta que outras afirmações e declarações das Escrituras não o sejam igualmente mentirosas? Teríamos então, como muitos nesciamente admitem e praticam um cristianismo teologicamente de conveniências. Normalmente são escritores, autores, teólogos, professores, pastores que vivem e muito bem as custas das suas denominações históricamente ricas e bem situadas socialmente. Trata-se de fato dos fariseus modernos bem relacionados com as benesses de uma império romano que lhes é contrário ( contrário a fé que dizem defender ) mas que lhes assegura um confortável reduto religioso que os beneficia socialmente bem a cima da própria competitividade mundana e secularizada.

É difícil sobremodo largar o osso numa situação tão conveniente. É de fato, fé sem confrontamento, religiosidade sem espiritualidade, só letra, razão, informação acadêmica, analítica, polêmica mas  insincera, conveniente, que se alimenta convenientemente repartindo tapinhas nas costas. Uma igreja e um cristianismo inútil e patético diante de um mundo cujas necessidades poderiam e podem ser providas e supridas pelo genuíno Evangelho-evangélico com "E" maiúsculo. É verdade na América e também verdade no Brasil, onde muitos pastores só conseguiram um certo grau de verniz acadêmico graças a igreja e aos dízimos dos seus fieis, esses mesmos que agora constituem autores de não poucos "best-sellers", muitos deles frutos de seu período apóstata, e  portanto totalmente inúteis. Esses que são professores, reitores, donos de escolas superiores de teologia, que já foram crentes de uma fé simples e efetiva, mas hoje são incrédulos travestidos de religiosos cristãos-evangélicos. A sua fé não é um conjunto de  certezas mas de dúvidas. São cegos obstinadamente guiando outros cegos. E não me digam que falo do que não conheça, poderia citar nomes se isso não ferisse a ética e o bom senso. Não é fruto de uma opinião mas de uma constatação pessoal. E é claro que não sou o único a saber disso, nem por ser mais informado e principalmente mais sábio. 

Mas voltando a queda do homem. O Éden é primordial nas Escrituras, de fato está o seu registro em Gênesis, pois de fato é princípio da história humana, e as suas informações constituem na verdade sobre a nossa real e verdadeira condição hoje. Problemas sociais, de comportamento, de condução individual e nacional, de governo, de família de sexualidade ( algo tão destacado nos dias atuais, fazendo parte das agendas nacionais, no ocidente, como algo a ser priorizado ) são explicados e podem ser compreendidos a partir da narrativa do Éden. Curiosamente se aceita tantas coisas inspirativas relacionadas ao cristianismo como a misericórdia expressada em leis excessivamente brandas com os mais terríveis criminosos, algo inconcebível em nações não cristãs, que por serem islâmicas, comunistas, xintoístas, etc, as leis penais são aplicadas com expressiva dureza e nenhuma flexibilidade, aqui nega-se as verdades máximas da fé cristã como a do pecado original, por exemplo.

Para o cristianismo, todo ser humano é pecador, porque todos como descendentes de Adão e Eva, pecadores originais, herdamos o seu pecado. Nem Maria, mãe de Jesus, o mito criado pelo catolicismo romano de forma conveniente ( Maria existiu como nos registros bíblicos dos evangelhos ) nasceu sem pecado.Se a mesma tivesse nascido sem pecado, ela bastaria para ser a redentora de fato, a mediadora, a salvadora e tudo mais. Maria era pecadora como todos os demais seres humanos, pecado esse entendido como tendência, é o que veremos a seguir.

A duas posições predominantes dentro do cristianismo e pricipalmente evangélico. Uma delas não pode ser deixada de ser citada, é a afirmação calvinista, tida como uma declaração de "depravação total". Que todos, sem exceção somos pecadores é fato e ponto pacífico entre noventa e nove vírgula nove dos cristãos, incluindo católicos romanos, ortodoxos gregos, etc, etc. Entretanto, crentes calvinitas, graças a um emaranhado teológico conveniente declaram que ao homem é imposśivel uma ação boa, por menor que seja. Isso só não é uma verdade, um fato observável, como não é o que a Bíblia diz, declara, revela em todo ( eu disse em todo ) o seu registro, através de fatos envolvendo os seres humanos e biografias completas de suas personagens. A outra posição é a que detalharei a seguir.

Após o pecado que originou a malfadada queda do primeiro casal ( que não foi comer a maçã e nem o sexo, pois não aparece a palavra que nos informe o tipo de fruto e ao casal já tinha sido dada a ordem de crescer e multiplicar-se...sem sexo, algo legítimo entre um homem e uma mulher? ) Adão e Eva se escondem e ao serem confrontados diante do novo sentimento ( o de vergonha) e do novo conhecimento ( de que estavam nus - não há conhecimento sem informação ou sem informação inata biológica colocada a parte da escolha do ser ),  o casal, mas antes Adão, diz a culpa de tudo seja de Deus: " a mulher que me destes...". A mulher, Eva, atribui a culpa a serpente, essa criada por Deus e permitida ( por Deus ) que habitasse o Éden juntamente com o casal  humano. Temos aí a primeira afirmação, obviamente não aceita por Deus em nenhum momento, nem indiretamente pode-se deduzir isso, de que Deus seja o culpado, por desleixo, indução ( tentação ) da queda humana. A resposta de Deus ao casal foi uma distribuição de castigos diferentes como  exercício de Sua plena e perfeita justiça.

Se Deus é justo, e cremos e sabemos que é, e verdadeiro ( sincero ), se fosse culpa sua Ele teria aceito a defesa do casal humano. Aliás o único personagem que não se retratou foi Satanás pois ele sabe que Deus está sempre certo. Em toda a Bíblia Satanás põe em dúvida  o homem e nunca a Deus. Mente para o homem, distorce declarações e verdades aos ouvidos dos homens. E continua assim hoje, principalmente dentro da esfera e dos arraiais cristãos-evangélicos, em todos os seus matizes, do tradicional ao neopentecostal. De fato distante de Deus, seguindo-O de longe, ninguém está numa situação segura de não ser confrontado e sugerido ao erro. Deus não é o autor do mal advindo sobre o homem. Esse é o primeiro grande ponto.

O mal é uma realidade revelada  na Bíblia e da única maneira sem distorções, como em nenhuma outra expressão religiosa na história do mundo. O mal não pode ser extirpado por uma "evolução", por um "autoconhecimento", "por uma vida ascética em um monastério, por leis nacionais, só por melhores condições sociais e educacionais, pela própria religiosidade mesmo cristã e cristã-evangélica, etc, etc. O mal é algo que existe no muno e causa um estrago de proporções gigantescas todos os dias em todas as circunstâncias e áreas da vida humana. Essa é a grande questão. Se é material, étereo, uma idéia, um processo, é o que menos importa, o mal é uma trágica realidade e Deus não é o culpado do mesmo e nem é o autor do mal embora essa discussão aparentemente soe como algo elevado. O mal é o que a Bíblia diz ser em todas ( digo em todas ) as suas páginas e registros.

Mas o homem, o casal após a queda, eram mais do que antes conhecedores de Deus. Ficamos tão atentos a outros detalhes do Gênesis que não atentamos para algo peculiar: Adão e Eva eram crentes no melhor sentido, o de falar com Deus, ouvir Deus, argumentar com Deus. Hoje quantas vezes como evangélicos e crentes, nossas orações devocionais e na igreja são discursos elaboradamente convenientes em uma tribuna. Gente de fato , não fala com outras pessoas como algumas pessoas oram ( notem que nem estamos levando em consideração a reza, que é bem pior ). O diálogo entre Deus, Adão e Eva era algo familiar, natural, claro, inteligente, factual. Quão diferente do artificialismo em nossas igrejas e até nas orações individuais. Quantas vezes os nosso agradecimento pelo dia, pela vida, não rivaliza nem de longe com um agradecimento por coisas banais, como a alguém que nos lembra de um objeto esquecido ou caído no chão. A nossa vibração por coisas banais igualmente não rivalizam com o nosso louvor a Deus. Não conheço ninguém que vibre tão alegremente diante de  Deus como num jogo do campeonato brasileiro ou copa do mundo ( falando de brasileiros ). 

Adão e Eva retomaram a sua confiança nas declarações de Deus e é fácil encontrarmos tal fato nas Escrituras: Adão lamenta o castigo recebido na certeza que ele se cumpriria em toda a sua extensão, já Eva ao ter os filhos gêmeos ( Caim e Abel ) e depois outros filhos, reconhece terem sido dados pelo Senhor e na esperança que um deles seria aquele que conforme promessa de Deus "esmagaria a cabeça da serpente" proporcionando a redenção humana. Vale aí uma nota também importante: os discípulos de Jesus em sua época, cometeram um erro, que não foi exatamente um erro, mas um erro de compreensão clara, julgaram todos eles que Jesus voltaria em seus dias, algo que sabemos não aconteceu. Hoje erra-se até com mais insistência do que deveria as datas da volta do Senhor e o tal "Fim do mundo". Eva e possivelmente Adão, esperavam que tão imediatamente como a queda a redenção e a restauração ao Éden se dessem em sua própria vida e dias. Daí também, possivelmente a guarda por certo período, possivelmente até o Dilúvio, do próprio Éden por anjos "com espadas reluzentes", para que o casal e seus descendentes não voltasse ao Éden e comessem do fruto da árvore da vida e assim vivessem perpétuamente.

Mais a frente temos outro episódio, ao meu ver bastante esclarecedor, Caim e Abel já grandes, jovens mais adultos, oferecem ofertas a Deus. Educados e esclarecidos acerca do culto a Deus, que continuava a se manifestar tanto aos pais ( Adão e Eva ) após a queda como a seus descendentes e após a oferta diferenciada de cada um, Caim e a sua oferta são rejeitados ( não a oferta em si, mas  o próprio Caim ). Deus parece a Caim e lhes fala ( fala a um pecador, nascido fora do Éden, e um assassino potencial ) " se fizeres o que é certo serás aceito ". Assemelha-se a dizer hoje a um assassino em potencial e talvez que nem seja primário: "não faça isso, liberte a sua vítima!". Ninguém em sã consciência argumentaria: "esqueça! ele a matará! não tem escolha!" Pois é exatamente isso que o calvinismo afirma: não tem escolha, ninguém tem escolha. Não há escolha! Na Bíblia, Deus disse a Caim, e diz-nos hoje: Há sempre uma escolha!

A queda foi resultado de uma escolha, errada mas escolha. A contra-gosto de muitos, a queda poderia não ter ocorrido, mas ocorreu. A queda mudou a nossa história em dois quesitos importantes: o nosso conhecimento e a nossa ambição. Já explico: ao invés da inocência temos conhecimento do que pode ser feito. Um homem normal ( pois há os que saem dessa condição de normalidade ) pode ajudar uma jovem, em condições pouco comuns, acidente, afogamento, parto em via pública, tocando, tirando-lhe as vestes para eventual atendimento ) mas esse homem adulto normal sabe o que seria defraudá-la, atentar contra ela. A humanidade portanto não é inocente e esse é o nosso grande dilema. Caim matou Abel, mas Abel poderia se quisesse matar a Caim. Não paramos para pensar nisso. A consciência das várias possibilidades maléficas nos fazem constantemente pecadores. As vezes se consuma, as vezes ocorre na mente apenas, mas ocorre.

Por isso Jesus era sem pecado, e justamente daí a sua diferença para nós, seres humanos em tudo descendentes de Adão e Eva. Igualmente conhecedores do bem e do mal ( Nós e Jesus ), contudo Ele ( Jesus ) sem a ocorrência dele ( do pecado ) em seu coração ( sua mente ). Muitas vezes não podemos impedir que o pássaro apenas pose na nossa cabeça, mas se o quisermos podemos impedi-lo de fazer nela um ninho. Os demais homens desejariam exercer a justiça de Deus e vingar Abel, e por um aviso misericordioso de Deus, não o fizeram certamente ( ou quem sabe o fizeram ) mas havia a possibilidade de fazê-lo pois Deus havia avisado que o castigo sobre quem matasse a Caim seria  mais severo ainda. Todas as possibilidades em aberto, e tudo isso com base no que a Bíblia farta e claramente revela, mas que numa leitura apressada e desprezadora  da importância real da Palavra de Deus, nos passam desapercebidos. 

Mas o pecado, ou as consequências da queda, não são somente retóricas, teóricas, metafóricas, filosofo-religiosas, são reais. Biologicamente algo aconteceu e não somos os mesmos, semelhantes a Adão e Eva antes da queda. Somos híbridos de uma perfeição e de uma imperfeição congênita, da qual nenhum ser humano nasce livre,nem Maria mãe do Senhor Jesus , nem José seu padastro, chamado por Deus como "homem justo ". Não se trata só de escolhas e possibilidades de erros e acertos. Um ser humano colocado no céus, em certa altura, poderia se rebelar tanto quanto Satanás se rebelou. Muitos se confundem seriamente após convertido e após anos de vida cristã-evangélica achando que anos de religiosidade autênticamente cristã nos torna melhores ou imunes, ou uma casta diferente ( em si ) de fato de seres humanos. Não somos melhores do que os demais seres humanos após convertidos. O apóstolo Paulo, com um  nível de comunhão e ordenação imediata de Deus, muito além de qualquer cristão depois dele, se confessava miserável e que só podia se gloriar de fato  na pessoa de Cristo. Andar de peito estufado, enfatuado, convencido de que é algo além do que de fato é, diante dos irmãos e dos incrédulos chega a ser patético e uma autêntica piada.  A Bíblia diz claramente em proverbios: "Há justo que procede como injusto e injusto como justo". Muitos ateus sinceros ( acho que os há ) e incrédulos, e de outras religiões não cristãs, não se convencem do que cristãos digam e preguem, por suas públicas contradições, por seu orgulho, por sua auto suficiência aparente.

Somos salvos como? Somos selados, marcados para salvação, ou seja, uma vez em obediência ao que nos é dito nos Evangelhos, cremos em Jesus Cristo, somos marcados, selados para salvação, desse modo podemos nos considerar biblicamente salvos. Mas isso não significa que podemos sair da igreja, após a nossa profissão de fé, aceitação de Cristo, batismo, etc e dizermos ao mundo que as pessoas do mundo não são nada e que somos tudo, diferentes, perfeitos, que os supramos em tantas questões. O que acontece é que o seu e o meu  passado, é esquecido por Deus e o que o futuro será guardado por Deus. Mas que as escolhas por justiça, retidão, moralidade, santidade, fidelidade a Deus, gratidão e louvor verdadeiros deverão ser implementados a cada dia, todos os dias da nossa vida. O ladrão ao lado de Cristo na cruz, que creu, viveu algumas horas, muitos de nós viveremos décadas após crermos. Em todos esses anos deveremos ser tão cuidados como nas primeiras horas de convertidos, de nascidos de novo, não há nada que nos faça infalíveis sem nenhum esforço ou responsabilidade. 

Salvos pela graça de fato? Há consenso no meio evangélico e até em setores católicos romanos atualmente, que somos salvos pela graça unicamente. Nada a acrescentar, nada a justificar a salvação de fato a não ser o nome e a pessoa de Jesus Cristo, como Deus ( e não como iluminado, profeta, semi-deus vide TTJ, deus com "d" minúsculo, sábio, etc. ), Jesus é o Filho de Deus, aquele que dando a Sua vida, satisfazendo a mais plena justiça de Deus, causou a salvação de TODO aquele que nEle crer. Abraão quando de sua interpelação em favor de Sodoma e Gomorra era um tipo da intercessão de Jesus por nós. A justiça de um proporcionando o perdão de outro. O arrependimento do rei de Nínive na época de Jonas tipifica o verdadeiro arrependimento, como consciência de que se não satisfeita a exigência divina o juízo de Deus será fatalmente implementado, algo assumido dubiamente por Faraó no tempo de Moisés, ou seja o arrependimento dúbio, apenas aparente é causa de perdição irremediável.

Mas Graça é Graça, biblicamente falando, não é jogada ao vento, sem critério algum, mas dada sem arrependimento segundo um bom critério, justo, não passível de ser colocado em dúvida. Para o calvinista a Graça é tão Graça que não provém de nós e isso é bíblico, é dom de Deus, para que ningupem se glorie, dizem as Escrituras. Mas ao confundir predestinação com eleição e onisciência com determinismo filosófico as coisas se confundem. Se Deus pŕedestinasse alguns para salvação, teria que ser forçosamente sob algum critério. E que critério seria esse? Pode-se dizer: pelo pré-conhecimento, pois nos conhece antes que qualquer de nossas partes viessem a existir. Mas mesmo assim seria por "alguma qualidade" intríssica a algum ser humano, portanto deixaria de ser  simplesmente "graça". Mas alguém pode dizer novamente: eu não sei porque os "eleitos" são salvos mas Deus sabe. Mas se esse "eleito" em tese descobrisse porque foi escolhido para salvação, algo real, um motivo legitimamente existente, poderia exigir a sua salvação, ou não? deixaria portanto de novamente ser a Graça autênticamente bíblica. 

Há, entretanto, uma predestinação bíblica? Sim. João Batista, Moisés ( não necessariamente nessa ordem ) são alguns exemplos, mas a predestinação tem sempre a ver com uma missão, uma intervenção divina usando um agente humano na história da humanidade. Outros não foram predestinados, mas "achados", após procurados por Deus, como Isaías do qual Deus diz: "a quem enviarei e quem irá por nós?" , ou quando Jesus diz que Deus "procura verdadeiros adoradores, que o adorem em espírito e em verdade". De fato, embora seja um assunto cativante, deve ser abordado em espaço próprio. Deus criador e criativo, que faz sempre novas todas as coisas e pra quem todas as coisas são claramente possíveis não é refém de uma única estratégia. A predestinação portanto não é nunca para salvação, mas para condição e ministério ( serviço ). Isso é claro nas Escrituras a partir de uma análise mais apurada e não alinhada a uma ou outra posição teológica que só o é de fato devido as várias implicações interligadas de uma arquitetura racional, que de fato exige e fecha uma posição teológica denominaconal. Até o teísmo aberto atual não aberto coisa nenhuma, ao contrário é fechado a tudo o que a Bíblia revela de fato. Esse é o grande problema da teologia: embora leǵítima nunca revela a Deus como Ele é revelado nas Escrituras, revela o que convém e até onde convém a cada grupo e a cada interesse.

O maior erro e nunca revelado de cara, pelo calvinismo, é dizendo direta e simplificadamente, fugindo das armadilhas dos termos teológicos, é que para o calvinista a salvação não é para todos. A Bíblia reiteradas vezes e pelas declarações do próprio Senhor Jesus, deixam claro e inequivocadamente: todo o que crer, quem quiser venha, etc. A responsabilidade é pessoal e a exortação direta: arrependei-vos e crede no evangelho. Em outras palavras: faça o que é certo. Judas foi predestinado a perdição? A resposta é não. Quando Jesus afirmara ( aos discípulos ) que não foram eles ( os discípulos ) que escolheram a Jesus, mas Ele ( Jesus ) a eles, a palavra "escolha" tem a ver com várias outras passagens bíblicas, escolha pensada. Judas foi escolhido por sua condição particular, social e de formação. Judas era para ser, curiosamente o que Saulo, transformado em Paulo foi depois. Curioso muita gente se esquece que Saulo foi o substituto de Judas nos Doze. Judas porém foi avaliado, como Pedro, que não tinha se convertido até a morte de Jesus, ou como Tomé do qual só nos lembramos de sua incredulidade como se fosse o único que tivesse esses arroubos de falta de fé. Nos três anos que Judas andou com Jesus, foi Judas avaliado e "achado em falta", e por fim Jesus disse-lhe: "o que tens de fazer, faze-o logo." Da mesma maneira a nossa vida, mesmo cristã, é um espaço de possibilidades, as quais muitas vezes somos relápsos na sua avaliação. Deixamos tudo para Deus crendo desculpadamente se algo não se efetuou é porque Deus não se interessou, não quis. Não é isso que a Bíblia sabiamente revela. Aquele que crer fará obras muito maiores do que essas ( maiores do que as Jesus fez?! a resposta assustadora é SIM! ).A Bíblia, a despeito da soberania inequívoca de Deus, não diz Ele ( Deus ) fará de qualquer jeito!

Finalmente, queda e santidade. Santidade não pode ser conseguida por aparatos, comportamentos exteriorizados, cultura adaptada, fuga, justiça própria, conceitos excludentes, etc. A santidade deve ser buscada e conseguida quando compreendida que não é um atributo humano, mas de Deus. A santidade é algo que Deus tem em Si plena e totalmente. Talvez seja aquilo que mais temos dEle e menos temos do mundo. Jesus disse sobre o príncipe desse mundo ( Satanás ): "eu nada tenho dele." Quanto menos tivermos do mundo, mais certamente teremos de Deus. Não é possível compartilhar das duas características. Aliás na queda compartilhamos o conhecimento do mal, tanto que Deus dissera sobre nós: "Eis que o homem é como um de Nós, conhecedor do bem e do mal..."o que se tornou o nosso dilema e a nossa perdição, com o qual temos que lidar todos os dias, fora e dentro de nós, levando Paulo a dizer, "miserável homem que sou, pois o bem que eu quero, esse eu não faço...

O Senhor Jesus nos ajude. Amém.

Por Helvécio S. Pereira

OBS: O presente texto ( até por imediatismo e falta de tempo ) na sua primeira publicação carece de uma revisão mais aprofudada, não de idéias mas da própria exatidão do texto, o que sempre feito várias vezes em uma revisitação. Caso as observe, por favor comunique-as em um comentário, serão muito bem vindas. 

Obrigado. 

quinta-feira, 23 de junho de 2011

UM DESAFIO SIMPLES

Muitas vezes, em várias áreas da vida, somos definitivamente pouco ou nada práticos, nos contentando com algo que nos faça sentir bem, mas que não constitui de fato, a essência das coisas. O que seria mais importante na vida de um ser humano qualquer? saber o que e quem de fato é estando implicitamente a questão de conhecer a Deus. Não somente religiosos deveriam deixar-se confrontar seriamente com essa questão, mas ateus, desde que sinceramente. É fácil? Talvez não e definitivamente não, posto que o próprio indivíduo por suas limitações, e elas existem clara e verdadeiramente, pode se autoenganar, confundir questões e respostas; pode ser enganado por outros, pode não ter as informações necessárias a uma conclusão ou experiência. Mas tudo isso não exclui a importância e enquanto a vida se prolonga e se aproxima de um final certo, mas urgente.

Mas e os religiosos? Esses, tomando, os crentes evangélicos, de qualquer denominação que sinceramente já creiam na realidade das revelações escriturísticas, crêem na Bíblia como a integral Palavra de Deus, e crêem em Jesus Cristo como o Filho de Deus, Deus conosco, Senhor de todos, eterno, etc, etc, entre esses, entre nós pode-se distinguir vários níveis de proximidade ou de distância, seja de compreensão das coisas de Deus ou de intimidade com Aquele que é sobre todas as coisas, o Criador e Sustentador de todas as coisas, o Legislador Supremo, Aquele como Ele mesmo diz de Si mesmo, é o que é.

Os  discípulos e pessoas que seguiam a Jesus para ouví-Lo, se preocupavam a mais de dois mil anos, como seria o diferente grau de intimidade e proximidade com Deus. Perguntaram a Jesus, de fato uma mãe de dois filhos, se na volta do Senhor Jesus, qual se assentaria a direita ou a esquerda da mão de Deus. Na prática hoje, entre pastores, membros de igrejas, etc, admite-se que na prática, seria essa proximidade e intimidade cm Deus, aferida a partir de quem está "mais certo" e "menos errado".

Na prática, para não sermos excessivamente teóricos e desnecessariamente retóricos, crentes reformados, tradicionais se julgam claro, mais corretos teologicamente do que os pentecostais e mais ainda mais corretos e portanto mais próximos da vontade de Deus ( confunde-se conhecer cognitivamente a vontade de Deus com o ser íntimo dEle - seria a mesma coisa? ) do que os neopentecostais. O contrário também é verdade, os pentecostais e neopentecostais se julgam mais próximos de Deus e de Sua vontade ( novamente a confusão entre os dois conceitos ) dos que os reformados e tradicionais. Mas em nenhum momento o conhecimento, teórico apenas,  por si só, torna alguém, mais aceito e portanto  mais próximo de Deus. Via de regra o alinhamento com qualquer grupo, denominação, posição teológica, igreja local, movimento, teologia, etc, fazem, por si só, um crente ser mais íntimo de Deus ou ainda, um outro valor, mais agradável aos olhos de Deus.

A intimidade com Deus se dá, pós Sua vinda a esse mundo, via únicamente a pessoa de Jesus Cristo ( Ele é o único caminho ao Pai e o único nome dado entre os homens para que possam ser salvos ). O que está nEle, ligado a Ele como ramos a uma videira, ilustração do próprio Senhor, somente desse modo tem a vida dEle e portanto parte com Ele. Não há outro modo. 

Essa intimidade com Deus é registrada na vida de muitas pessoas, vidas que pelo registro são reconhecidas como importantes personagens bíblicas. Pessoas que conheciam tão intimamente a Deus que suas informações dadas a outras fizeram coisas acontecerem como a jovem serva do General Naamã. A lista é grande e espero que você por si mesmo lembre-se de muitos e que a lembrança do exemplo  dessas pessoas, lhe sirvam de iluminação acerca dessa verdade hoje. Enoque andou com Deus e Deus para Si mesmo o tomou. Enoque é um dos três homens que não morreram ( Enoque, Moisés e Elias ). Sobre Moisés a controvércias, mas ele reaparece ao lado de Enoque e Elias no monte das configurações falando com o Senhor Jesus.

Há outros como o sacerdote quando da apresentação de Jesus, ainda bebê, agradecendo a Deus pelo cumprimento da palavra dita pessoalmente por Deus a ele, que dizia que o mesmo não morreria sem ver o Salvador. Haveria privilégio maior que esse? E os reis magos, que foram levados a encontrar o Salvador pro ocasião do seu nascimento?

Infelizmente, hoje por suas implicações e recompensa sociais e relacionais, quantas vezes baseamos a nossa qualidade de vida cristã, "nível espiritual", e imaginada "proximidade com Deus" se apoiam em critérios tão artificiais, tão inverossímeis.

Pensemos seriamente nisso: não é o  que supomos ser a baliza da nossa proximidade de Deus, mas o que Deus pensa sobre nós. Muitos naquele dia ouvirão do Senhor,  "não fiz isso e aquilo em teu nome" ( os tradicionais adoram usar isso contra os pentecostais e neopetecostais, por esses últimos curarem e expulsarem demônios em Seu nome, esquecendo-se eles que não é esse o problema, expulsar ou curar, como se deixar de curar e expulsar não fosse também um sério problema de negação da eficácia do Evangelho genuíno ), ao que o Senhor respondera: "nunca vos conheci". Há tradicionais, reformados, calvinistas, seja o que forem que não conhecem  de fato a Deus, não nasceram de novo, e consideram sinceramente que o abrigo denominacional e teológico os promovem a próximos de Deus.

A regra então é simples: quem anda próximo de Deus, reconhece a Sua obra, compreende o que Deus faz no mundo, o Seu perfeito plano, a Sua perfeita sabedoria, e o vê presente ( não retóricamente ) tanto no seu dia a dia, individual, particular, na sua história pessoal, como no mundo a sua volta. Literalmente anda na luz, vendo o que é e como é. Esse tal é ouvido por Deus, nas suas orações, vendo-as as respondidas, as vezes com um "sim", as vezes com um "não", nos esclarecimentos acerca das coisas de Deus e até mesmo do mundo. Um Juiz brasileiro, ao decidir contra uma causa, contradizendo o politicamente correto e a tendência atual, confessou promulgar a sentença, pois Deus o havia incomodado a fazer o que fez, mesmo caindo em desgraça perante parte da opinião dos que não conhecem a vontade de Deus, um fato ocorrido nos últimos dias. Quem é de Deus, sabe, sente, ouve a Sua voz, o palpitar do coração de Deus, a mente de Deus lhe é íntima e natural, sabe o que Deus pensa e como vê tal situação. Isso lhe é claro, nítido, incontestável, porque esse tal conhece o seu Deus e pelo seu Deus ( o Deus bíblico ) é conhecido.

Que O Senhor nos abençoe e tenha misericórdia de nós todos. Amém

Por Helvécio S. Pereira

quarta-feira, 22 de junho de 2011

UM FILME EVANGÉLICO OBRIGATÓRIO...ASSISTA-O

A Arte é meio e não fim em si mesma. Posto isso, pode-se usar qualquer linguagem artística para dizer as pessoas qualquer coisa. A Arte, como linguagem, tem sido importante e necessária ferramenta para fomentar, firmar e proclamar as suas crenças tida com verdades absolutas. É assim em qualquer religião e manifestação religiosa e não é diferente no cristianismo genuíno que proclama a verdade bíblica.

Na Bíblia temos o usa da Arte no emprego da linguagem literária dos Salmos, dos provérbios, do livro de Cantares, e em narrativas complexas e sutis como a encontrada no livro de Jó ou reflexiva como no Eclesiastes. O que dizer das parábolas contadas pelo Senhor Jesus? Parábolas essas que facilitam a compreensão de realidades sobrenaturais e além da cultura humanamente constituída pela humanidade no tempo e no espaço. Afinal nos céus as pessoas não se casam e nem se dão em casamento, um dos detalhes da realidade sobrenatural de um mundo espiritual, não exatamente etéreo e em meio a brumas, mas em uma das muitas moradas, referidas pelo próprio Senhor jesus em outra feita.

Assim dessa forma, a exemplo de salmistas, cronistas, proverbistas, cineastas cristãos-evangélicos, escrevem roteiros com a finalidade de fazerem uma abordagem relativa a certos aspectos reais da igreja e da vida cristã. Quem sabe levando, paralelamente a ministração religiosa pública, uma reflexão crítica supra-denominacional, além da ética de grupo, legítima e natural, mas que muitas vezes embota os olhares e tapa os ouvidos a certos aspectos patéticos da praxes cristã-evangélica. Algo útil e exceptualmente necessária não só a simples membros de igrejas, mas aos religiosos a frente de centenas, milhares de membros congregados em suas igrejas.

Pelas roupas e utensílios, o filme em questão foi filmado na década de oitenta, mas a sua abordagem crítica se mostra, não só atual, mas extremamente pertinente. Vale a pena assisti-lo e refletir em todas as questões apontadas, as vezes caricaturalmente, as vezes tão verocimamente registrada, através da ação, dos fatos desenhados e das personagens que  embora fictícias , sem dúvida encontram paralelo na realidade cristã-evangélica atual. 

O filme em questão é "Faça o que Eu digo, não o que Eu Faço", distribuído no Brasil pela BV filmes. Pode ser encontrado em uma livraria evangélica ou em locadoras evangélicas. Assista-o portanto, vale a pena!

Por Helvécio S. Pereira

terça-feira, 21 de junho de 2011

PENTECOSTALISMO E IGREJAS EVANGÉLICAS NÃO PENTECOSTAIS

Li a pouco, em um dos blogs do querido irmão Jorge F. Isah, um texto de outro querido irmão acerca da postura mais recente de um expoente do neocalvinismo americano, acerca dos dons carismáticos para  a igreja de Jesus hoje. Inicialmente não me agrada a especulação do caso ( teórica alheia à realidade ) e nem as cansativas discussões acerca do fato de a igreja de Cristo, a igreja de Jesus, hoje, de fato seus membros, profetizarem e falarem em línguas estranhas hoje, negando ou por outro lado tratando como fenômeno "científico". Vê-lo desse modo, trata-se apenas de uma ponta do iceberg, e não o iceberg em si. 

Há centenas, senão milhares de livros, ou até muito mais em vários idiomas e de autores de diversas partes do mundo sobre o assunto. Você pode lê-los, tomá-los como exemplo, como instrumentos de efetiva posição em um debate, sem contudo, concordando-se ou não, em um assentimento mental, racional, de verniz teológico, viver essa experiência. Trocando em miúdos: um crente nascido de novo, que ama ao Senhor, pode endurecer numa posição de resistência a realidade, no caso do dom de línguas, da profecia, etc, ou pode animadamente confessar a sua concordância com a possibilidade, em tese, da manifestação desses dons, e eu pergunto: e daí?

Fatos são fatos, podem ser passíveis de negação teimosa e obstinada, testemunho por sua veracidade, confissão e proclamação dos mesmos. Os fatos, alinhados resumidamente, são que houve uma igreja primitiva, que não era perfeita ( tinha muitos problemas e tão complexos na sua compreensão tanto interna como externamente ) mas que contradiz francamente tudo o que a igreja atual é de fato. Uma pessoa com clareza ao ler o Novo Testamento, particularmente o livro de Atos dos Apóstolos, não pode dizer que seja a mesma coisa. A igreja evangélica histórica, trouxe a luz, a salvação pela fé unicamente e não pelas obras, a confissão na crença na autoridade plena da Palavra de Deus, mas parou aí. E graças a esse não prosseguimento no conhecimento do que era de fato a igreja primitiva, produz hoje, uma enorme safra de ateus, teólogos liberais, agnósticos, etc, etc. E essa igreja, em muitos lugares, até por detalhes de sua teologia, não consegue levar o Evangelho ( que segundo a Bíblia é o poder de Deus para todo aquele que crê ) aos parcos familiares dos membros de sua igreja local. 

Trata-se de um evangelho mental, racional, no mesmo nível de crença de uma outra religião não cristã. De fato não se trata de concordar se se fala em línguas hoje, se não se fala, etc, etc. Eu particularmente creio que os dons sejam para hoje sim. Não falo em línguas, mas devo ter outros dons menos, digamos, ostensivos e de menor percepção pública. Sobre profecias, na vida de minha família sou testemunha de algumas muito importantes  já cumpridas. Na vida de algumas pessoas que amo muito em Cristo também. De fato, a igreja evangélica nascida a cem anos ( A Assembléia de Deus ) fundada por batistas suecos vindos para o Brasil, levou o evangelho a milhões de incrédulos que desconheciam o poder e a verdade da Palavra de Deus. Nascia aí um tipo de igreja evangélica, nomeada como igreja pentecostal. Numa segunda leva, batistas, presbiterianos, metodistas, adventistas ( um pouco menos ) foram atingidas por essa experiência bíblica, incontestável presencial e biblicamente. O resultado foi que pessoas simples passaram a proclamar a Bíblia com tal autoridade seguida de sinais que milhões foram alcançados pelo poder do Evangelho. 

As igrejas históricas, as precursoras da proclamação do Evangelho, já essas, minguaram na sua ação de testemunho ao mundo, encolheram e muito, bastando para simples constatação, examinar-se as estatísticas geradas e registradas em período  anterior ao surgimento das igrejas pentecostais. Um exemplo real, encontrado por mim mesmo na web,testemunhal, depoimento de um pastor de uma igreja reformada no interior de São Paulo, se não me engano, em trinta anos, a igreja tem apenas quarenta membros! Nem se o pastor fosse hipercalvinista acomodado, ou um calvinista caçador de eleitos, justificaria tal estado de coisas. Pois independente da posição, compreensão teológica particular, calvinistas e arminianos crêem ( ou deveriam indesculpavelmente crer de todo o coração ) que o Evangelho com "E" maiúsculo é o poder sobrenatural de Deus que transforma a vida do pecador sobrenatural e radicalmente. O evangelho portanto, para ambos e para todos nós , não é um fenõmeno apenas teórico, retórico, mas miraculoso e sobrenatural.

O dilema que obrigatoriamente nos conduz uma posição é : ou é verdadeiro e bíblico ou não é verdadeiro, é farsa e não bíblico. Pelos frutos conhecemos se é de fato verdadeiro ou não: uma igreja que renega certa manifestação sobrenatural encolhe e de fato míngua espiritualmente; outra cresce contra toda a lógica e explicação humana. Na primeira, temos um enorme contingente de gente rica e apóstata da genuína fé cristã, sem um testemunho de cura ( que dependa da fé denominacional ), sem conversões que não sejam de gente socialmente desejável ( quantos bandidos, assassinos, gays, prostitutas, ladrões, adúlteros, miseráveis, etc, há nessas igrejas? ). Muitas dessas igrejas ( e eu as conheço parecem clubes étnicos, como os de portugueses, italianos, libaneses, judeus, etc ) só possuem em sua membresia pessoas muito parecidas, antes de depois, e não pessoas arrebatadas da terrível realidade fora da igreja.

Mas as igrejas pentecostais e posteriormente, as neopentecostais, apresentam todo o tipo de deturpação ( não que as históricas não tivessem outro tipo de reparação a ser observada ). Muitas de fato constatáveis e passíveis de contundentes críticas, e o que fazer?  O dilema para muitas pessoas, crentes sinceros, nascidos de novo, é exatamente, sair da igreja histórica, ( rompendo com todo um arcabouço que não se restringe a apenas esses dois detalhes dessa reflexão,  línguas estranhas e profecias, ledo engando e simplificação do que de fato, está em jogo ), e filiar-se a uma nova igreja,  pentecostal ou até neopentecostal?

Não de fato, penso que não. A resposta está na sua comunhão pessoal com Deus. Feliz ou infelizmente, há nas igrejas históricas crentes fiéis e também nas pentecostais e neopentecostais, há também, por outro lado, pessoas que não tem uma relação verdadeira com Deus em ambas as igrejas, sejam tradicionais e ou renovadas. O Batismo com Espírito Santo, o revestimento de poder, uma autoridade sobrenatural, que não se baseia na formação acadêmica, na hierarquia denominacional, na recomendação eclesiástica, ou em outra coisa imaginável, que manifesta a verdade dos céus perante olhares e ouvidos incrédulos tanto na igreja quanto fora dela, ou se tem, ou não se tem esse Batismo dos céus, não importando a posição pela qual você se simpatize ou antipatize com alguma, seja com alguma restrição ou não. É experiência e não apenas teoria!

Quem me lê agora, e discorda da minha clara posição a favor dos dons espirituais para os dias de hoje e para a vida da igreja, e se sente angustiado, essa é a palavra, quase sem chão, por ainda que por um momento, perceber que terá que romper com a velha teologia, fria e abstrata e que não há uma igreja, uma denominação pela qual se possa dizer, essa é irreprensível, essa posso trocar pela antiga...que não há essa igreja e denominação, mas que só uma experiência pessoal com Deus ( se a desejar de fato ), pode dar-lhe uma dimensão realmente neotestamentáriamente bíblica.

Crentes com uma experiência além com Deus, curam pessoas pelo poder de Jesus Cristo, profetizam coisas decisivas para pessoas que estejam ocupadas com coisas decisivas no Reino e na obra de Deus hoje, e biblicamente oram e falam em línguas edificando-se na sua comunhão pessoal com Deus, dando-lhes ousadia para proclamar o Evangelho a toda e qualquer pessoa. É óbvio que crentes, ainda que sinceros, se não desejam fazer algo além, para Deus e que ministros evangélicos  confessadamente acomodados,  e cuja confiança e sustento se encontram  pateticamente apenas numa reles denominação, por mais respeitável  e legítima que seja essa ligação eclesiástica, e que essa igreja denominacional possa ser históricamente, não vão desejar  nada além do que aparentemente já tenha, ou ache que tenha.

O perigo para alguns, entretanto, não é a negação de que Deus dê ou faça nos seus filhos, na vida dos crentes hoje, negação teológica e denominacional, mas a zombaria. Alguns desses não desacreditam só dos dons espirituais, ou do batismo como segunda benção, mas de milagres hoje, de possessões demoníacas, portanto de libertação sobrenatural, desse e de tantos outros males, como das bençãos e manifestações malignas, todas incrivelmente bíblicas, embora a neguem por pretexto teológico acadêmico.

Olhemos para a igreja evangélica americana, ou antes dela a européia, sem a manifestação sobrenatural, as que não fecharam as suas portas, dos seus suntuosos e caríssimos templos, a maioria  transformados em boates, danceterias, estúdios de gravação, quando não demolidas, defendem a legalização da maconha, ordenação de homossexuais, a relatividade das Escrituras, a impotência de Deus, o não julgamento e a não punição dos homens. Enfim um Deus não bíblico de uma Bíblia que não é nada para eles mesmos e nem para o mundo que necessita ser confrontado nos seus muitos erros que o faz sofrer todos os dias. Frente aos dilemas da vida consultam a si mesmos, aos seus conselhos hierárquicos, fazem acordos espúrios e negam a Bíblia e o Deus Criador e sustentador de todas a s cosias nela revelados. Ricos, cultos, sofisticados e impotentes diante do brilho do mundo e da sua artificialidade anti-Deus.

A escolha é sua. Não digo que seja fácil e simples. Não é. É fácil ter uma opinião, difícil é tomar uma posição diante de Deus, posição essa que encontrará fatalmente retaliação, sem argumentos suficientes e sem uma prova pessoal, insofismável e poderosamente pública. Mas se você tiver essa experiência ela o transformará numa testemunha fantástica capaz de, mais uma vez na história promover uma revolução espiritual ao ser redor. Mas não vá em busca de livros, de autores, sejam a favor ou contra, vá a Bíblia e ore em secreto ao seu Deus que te ouve em secreto. Ou não crê nisso?

Deus o abençoe! ( nos abençoe, a todos! )


Por Helvécio S. Pereira

segunda-feira, 20 de junho de 2011

DIRETO AO PONTO: O MUNDO VAI MELHORAR OU HÁ APENAS UM MODO DE PARTE DAS COISAS MELHORAREM? Ou "O Fim do Mundo quando será?"



Hoje, há pouco, soube de mais uma daquelas notícias na mídia, não originais, ao contrário repetitiva e reincidentes, relacionadas a uma vítima inocente de dois ladrões, um assassino e outro recalcitante mas conivente, ambos covardes, indesculpavelmente covardes. 

É verdade que há decidida e claramente lugares nos mundo onde acontecimentos que envolvam vítimas indefesas diante de algozes seja muito mais constante e façam maior número de mortes, lágrimas e dor, do que a quarta cidade do Brasil. Também é mais verdade que no passado, não tão distante, mortes de não poucas pessoas e sob as mais estúpidas justificativas ocorreram em muito maior número. É verdade que em passado mais recente, duas grandes guerras e outras nem tanto assim, e uma bem presente na Líbia, seja palco das mais inomináveis covardias, particularmente e maiormente ( como quase sempre ) contra as mulheres.

Como consolo, há uma verdade Bíblica que é clara, o sangue de qualquer vítima inocente é reclamado desde a terra até o Senhor, aquele que é só Ele, O Criador e sustentador de todas as coisas. Desse modo todo o mal será penalizado, indo contra toda teologia ou pensamento espúrio, pensado por teólogos que nada são mais do que simples homens distantes da verdade bíblica e, que normalmente, como parasitas, vivem muito bem obrigados, a custa de um cristianismo rico e institucionalizado inlegitmamente, que sobrevive da sombra de um passado, esse sim movido por um Deus verdadeiro, fruto de um evangelismo sim bíblico de seus fundadores históricos. Mas mesmo com um passado mais espiritual que o presente, abrasado por uma inequívoca paixão pela verdade e pela realidade de um Deus vivo, nada eram mais do que simples homens limitados e falhos, incongruentes a não ser no seu íntimo amor ao Senhor ( única coisa que nos redime e salva ).

Dessa forma, nenhum pai de família exemplar, vítima de uma bala em um assalto, nenhuma mulher, mãe ou não, virgem ou não, santa ou prostituta, vítima de algozes masculinos, covardes e superiores em número e em força, pela dominação machista, ficará sem ser cobrado desses o seu sangue de vítima de crueldade. Entendem-se de Deus a perfeita justiça, a única justiça capaz de ser exercida plena e eficazmente. Portanto, teólogos e igrejas, teologias e denominações, conselhos e o que for, há sim, uma punição, da qual o culpado não poderá se esquivar e ter esperança de escapar se confrontada a sua iniquidade com aquele que é Santo, Perfeito e perfeitamente Justo.

De Judas Iscariotes, Jesus que para nós os que cremos, é ninguém menos que o Deus conosco, disse sem meias palavras: "melhor que não tivesse nascido". Mas Judas morreu não morreu? Afinal se matou. Como poderá algo ser pior que a morte? Para os que se consolam com a falsa idéia de um retorno determinista, uma reencarnação, sejam kardecistas, budistas, hindus ( esses últimos muito mais antigos que os espíritas "modernos" ) Judas voltaria de alguma forma, ou para ser morto de novo (?!!) por alguém, ou para se matar de novo, ou para nascer um inseto, animal, mulher, gay ( rs...rs...), etc. Nenhum dos casos corresponde de fato há algo pior do que nascer.

A lição é simples: se Judas não ficaria sem punição a altura, ninguém também ficará. Se o dilema de Judas foi jogar fora a melhor oportunidade de um ser humano, o crime de Judas não foi original e nem o pior ( considerando-se a morte de um outro ser humano, ainda mais indiretamente ), mas de que Deus seja, e de fato é, o único capaz de julgar um caso até a mais última implicação. Nada escapará ao juízo de Deus, nada, simplesmente nada. Ele ( Deus ) tem todo o tempo do mundo, como reza uma canção de domínio público americana.

Ao contrário do que Testemunhas de Jeová, Adventistas e mais um monte, Deus mandará muita gente para o inferno e essas pessoas e anjos ( os demônios ) serão atormentados dia e noite por toda a eternidade, por mais que isso pareça ferir a sua lógica titubeante e sensível. É só pagar para ver. E o que torna isso mais justo e portanto indesculpável, é que fomos avisados, somos avisados, e como um grande letreiro iluminado, versículos bíblicos, parecem gritar enquanto piscam nas páginas das Escrituras, com os pecados dos quais poderemos ser diretamente e mais uma vez indesculpalvemente culpados. Um tal presidente de um movimento em defesa dos gays, disse inadivertidamente (  não crer, desacreditar, não significa necessariamente não ser  cauteloso...e se tudo o que a Bíblia afirma for verdade? estarão estes em maus lençóis decididamente  ) diante das câmeras que "a Bíblia é um livro velho e ultrapassado". Ninguém precisa defender a Bíblia, apenas confessar para benefício próprio a fé irrecusável nela. Portanto esse particular ser humano, com sua objetividade particular, direito concedido pelo próprio Deus de quem louca e impensadamente zomba, tem em suas próprias palavras e declarações públicas algo a defender ( se puder ) um dia diante do próprio Deus, exalto sobre todas as coisas ( boa sorte, embora em nada, na minha opinião lhe ajude no tal dia do Juízo Final ) 

Mas afinal, mesmo a despeito de todo engajamento pessoal, via associações de interesses diversos, será possível mudar a história de uma cidade, de um estado, de um país, de um continente e do mundo? A resposta a essa questão direta é sim e não. Você pode perguntar, mas como, ou se é SIM, ou se é NÂO, não ambas as possibilidades.

Mas prossigamos até o ponto que consiste o tema e objetivo dessa presente postagem: Para a compreensão da real resposta e respaldada no que toda a Escritura nos revela são necesárias algumas importantes considerações.

A primeira é o rompimento com o malfadado determinismo, que nem sequer é bíblico em sua essência histórica e filosófica ( patente de ser esclarecido em texto reflexivo próprio, e já abordado em certo aspecto, por mim em postagem anterior ). Ou seja embora Deus tenha todo o Senhorio e conhecimento e poder e nada Lhe seja oculto ou desconhecido, o Deus bíblico, revelado nas  Escrituras, por Ele mesmo, deixou  margem à construção, dentro de limites bem definidos, o nosso destino.

Quando alguém faz algo tido claramente como algo errado, danoso a si e aos outros, o fez por sua liberdade e por isso mesmo é culpado do que tenha feito ou causado. Não nascemos pecadores mas nos tornamos pecadores fatalmente pelas coisas, pelos pecados que cometemos. Nascemos com uma tendência ao pecado o que é diametralmente diferente. Renascidos em Cristo somos livres do poder dos dois: do pecado genético, poderíamos dizer e do pecado social, da humanidade em cujo meio vivemos. Somos culpados dos dois: de termos prazer em nossa tendência e nos gabarmos dela e por a cada dia cometermos nossos pecados individuais e coletivos. Qualquer um pode ser salvo desde que o queira e creia em Jesus Cristo, ou pode sob várias escusas, rejeitá-Lo, rejeitar a revelação bíblica, tornar Deus mentiroso a sua própria visão, e portanto no dia do juízo ser condenado, considerado culpado de todos os seus pecados, rebeldia e mentira que viveu toda a sua vida, com toda a justiça.

De fato a soberania de Deus não tem nada a ver e nem necessita de um tal determinismo travestido biblicamente. Que Deus seja soberano é chover no molhado, mas vamos lá: a terra, um reles grão, viajando no espaço escuro, a uma velocidade fantástica, girando sobre si mesmo, de forma a ter uma variação ( e há essa variação - O polo norte se afasta do seu lugar cerca de 60 km por ano ), variação essa  calculada, para que nem para mais e nem para menos, a vida na terra e toda a sua ordem pre-fixada e  portanto prevista, junto com todas as ações dinâmicas inerentes, permaneçam indefindidamente, sem falha. Uma ameba metida a besta, ou uma pedra ( como se referiu Albert Einstein em final de vida em suas reflexões ) não pode fazer isso por si mesmo, ou mesmo Ets pretensamente e criativamente mais evoluídos podem fazê-lo, seria algo decididamente improvável. Um reles erro e Bummm!!... seria o fim de tudo.

Portanto ateus, a despeito de odiarem as religiões e os religiosos, até  com boa dose de razão, as vezes... Sugiro que acordem!!! Há um Deus soberano, mesmo que não seja visto por nós, e não saibamos onde Ele esteja exatamente ( sabemos, por Sua própria revelação, que é no céu, mas onde é o céu, já é outra história )... isso é irrelevante. Quem fez a terra, a vida, o universo percebido, e o sustenta, é indubtavelmente SOBERANO. É dono, é governante, é potente para fazer, desfazer, sustentar, destruir, e pulverizar, o que seja, e cá entre nós, sem dever explicações a ninguém, a não ser que por Si mesmo as queira dar.

Segundo: o fato de escrever a história, não escrevê-la, esquecer-se de sua criação, não o faz menor. O fato de determiná-la e não determiná-la ídem. Ele poderia ser inclusive louco, aliás Ele mesmo revela em sua palavra que a sua loucura é mais saia que a nossa sabedoria. Sobre Deus a Bíblia, as Escrituras que nos revelam como Ele é, nos dizem ( clara e inequivocamente ) que para Deus todas as coisas são possíveis, até salvar a alma de um rico ( segundo Jesus difícil de entrar no Reino dos Céus ). Mas a Bíblia nos revela algo mais complexo: Deus vê o presente, antevê o futuro, muda o futuro, prepara o futuro, e restaura o passado ( Só Deus perdoa pecados! ). Logo Deus não age de uma única maneira e nem é presa de Si mesmo ou de ninguém. Deus se arrepende me favor do homem e é fiel ao homem quando seus dons são dados "sem arrependimento".

A Bíblia diz que o homem pode "lutar contra Deus", "contender com o Senhor", "resistir-lhe", "proferir grandes blasfêmias", "pecar", "mentir", "desobedecer", "tentar", mas jamais vencê-Lo. A Bíblia revela que o homem não é dono de seu próprio destino, que ao contrário é limitado e impedido de fazer o que gostaria em toda a sua malignidade. E que nada do que possa acontecer, acontece de fato, sem a permissão ou vontade de Deus ( aí muitos entram no terreno especulativo teórico de vontade "x", vontade "y", o que absolutamente é irrelevante a compreensão real da realidade ). Gosto e uma figura de linguagem que ajuda a compreensão da realidade da relação entre Deus e o homem : "dar corda". Deus "dá corda" as suas criaturas. De fato lhes concede a divina dádiva de agirem até certo ponto livremente ( por que não? ) mas há um limite. Esse limite é impossível, não apenas teoricamente intransponível, mas de fato, de ser vencido. Dessa forma, NINGUÉM pode ser igual ou pior, superior a Deus em nenhuma questão. No livro de Jó lemos: "porventura podes ensinar-me" ( diz Deus a cada um de nós ), e outra vez: onde estavas quando fiz isso ou aquilo?

Portanto, dentro desse "dar corda" constuímos a nossa história, da queda ao Juízo, e nos achamos " o máximo ", "os tais", por "cima da carne sêca", é a liberdade outorgada a nós, sem arrependimento de Deus. Individualmente, graças a nossa vida que é como um sopro, podemos agarrar a Graça de Deus, como Jacó ao Anjo do Senhor, e ter a nossa história mudada. Podemos mudar a de outros como os amigos que abriram o telhado e baixaram o homem doente, crer por outros como o Centurião pelo seu servo, ou das várias mães, pais pelos seus filhos doentes e mortos. Por extensão, a história também breve de uma cidade como Nínive, sob a pregação eficiente e sem amor de Jonas, o profeta; ou de um país por míseros séculos, como a Holanda Calvinista, Alemanha que mesmo após o desastre do nazismo, abençoada por Deus ( ou seria por quem mais? ) se reergueria como uma das menos de dez nações ricas do mundo...a mesma Alemanha da Reforma Protestante?

Porém o mundo, a humanidade, marcha irrevogavelmente para o Juízo, para o dia em que ovelhas serão separadas dos bodes, os justos dos injustos. Dessa forma não há biblicamente como deter, estancar definitivamente a desgraça da história humana. Trata-se de algo determinado pela perfeita, aí sim , SOBERANIA de Deus. Mesmo com o provável ( de fato certo ) milênio, que servirá para provar a inutilidade do autogoverno humano ( após todas as exaustivas tentativas de se autogerir no mundo ) o governo de Deus será implantado na terra como patente demonstração de que esse era o plano desde o princípio e que Ele tinha razão ). Jesus Cristo reinará sobre os homens, sobre toda a humanidade, como Rei e Messias. Mas ainda não será o fim. A Bíblia nos revela coisas a seguir até que finalmente ( e anda não será o fim ) haverá "novos céus e nova terra".

A pergunta que se faz é: em que momento estamos no relógio de Deus? O que nos compete essa nossa parte da história e o que definitivamente não está relacionado ao nosso tempo? 

Que adianta ao homem ganhar o mundo inteiro ( em tese ) e perder a sua alma, dissera Jesus certa feita. A resposta é simples: dê conta, acerte a sua parte com Deus, depois preocupe-se, se der com as demais coisas. De que adianta a teologia, o conhecimento teológico cristão, o conhecimento eclesiástico,a vida religiosa, a relação institucional ainda que legítima e legitimamente cristã se não és salvo ( salva ) ou se não conhece a verdadeira vontade de Deus para a sua vida ( não para a vida dos outros )?

O mundo e a humanidade, seguirão a sua história, resultado de todas as suas escolhas sejam individuais ou particulares de grupo do qual um indivíduo se confessa participante, e não poderão ser detidos se seguirem por um caminho de destruição e de deterioração. Não poderemos salvar o Brasil, como nação e como país, mas podemos salvar brasileiros que crerem no evangelho ( aliás a fé no genuíno evangelho salvará essas pessoas ). A igreja, mesmo a igreja evangélica se auto-adulterará, mas joelhos que conhecem verdadeiramente ao Senhor estarão e já estão presentes em todas as denominações, invisiveis aos embaçados olhares pseudo-espirituais humanos.

É tempo de seguir ao Senhor Jesus, quem puder com Ele ajuntar, não estará espalhando, desde que com Ele tenha comunhão de fato. Quem estiver a olhar para homens e de homens depender, deles o ascentimento a sua fé pessoal, correm sério risco de perderem a sua fé, ao invés de guardá-la. Todos os dias temos testemunhos eloquentes do amor e do poder revelado do Senhor por nós, e por tantos que nEle crêem. Todos os dias, entretanto, não poucos escândalos se tornam públicos trazendo terríveis consequências, tais como preditos e avisados pelo Senhor Jesus: "são inevitáveis que venham, mas ai de quem por eles virem".

Guardemos a fé, trabalhemos enquanto é dia ( enquanto temos vida ), pois os mortos não louvam a Deus ( a ação dos mortos, sejam como salvos ou perdidos, não é pública ao mundo dos vivos ). O rico ( da parábola do Lázaro e o Rico ) não pôde avisar seus parentes com seu testemunho vivo do real estado de perdição após a morte. Só podemos pregar o evangelho, testemunhar da verdade da Palavra do Senhor, enquanto temos vida, acesso as pessoas, contato com os demais seres humanos. Ide e pregai...todo o que crer será salvo! Amém. Deus nos abençoe, de algum modo nesse aspecto e  tenha misericórdia de nós na nossa limitação e pequenez. Que tenhamos a real compreensão das coisas, para fazermos o que convém exatamente, dentro da perspectiva de Deus. Que a vontade dEle seja feita na terra como já é feita nos céus. Amém.

Lembremos das Escrituras e da reflexão a que elas nos convidam:


SALMO 2

1 Por que se amotinam as nações, e os povos tramam em vão?


2 Os reis da terra se levantam, e os príncipes juntos conspiram contra o Senhor e contra o seu ungido, dizendo:


3 Rompamos as suas ataduras, e sacudamos de nós as suas cordas.


4 Aquele que está sentado nos céus se rirá; o Senhor zombará deles.


5 Então lhes falará na sua ira, e no seu furor os confundirá, ...








Por Helvécio S. Pereira

sábado, 18 de junho de 2011

ERRAR, ERRAMOS. É ENTRETANTO IRRAZOÁVEL NÃO SERMOS CRÍTICOS E ALIMENTARMOS OS NOSSOS ERROS


Ocorreu-me agora, exatamente nesse momento, após ouvir um hino tradicional que expressa inarredavelmente a genuína fé cristã e um trecho de uma pregação atual de trinta anos atrás, que apesar dos esforços legítimos e não poucos de crentes em Cristo, sinceros, que ama ao Senhor, nascidos de novo, com comunhão com o Senhor e dedicados, por causa da nossa liberdade de agir, contestada por alguns e exacerbada por outros, cometemos erros que com um pouco mais de censo crítico poderiam, e de fato podem, para o bem do Evangelho e da compreensão do mesmo pelos de fora, pelos que não o conhecem verdadeiramente, esses erros primários e crassos serem evitados em nossas igrejas ( se de farto queremos ajuntar e não espalhar cm o Senhor ).

Todos sabemos que O Espírito do Senhor, veio porque Jesus foi para o Pai, e Ele o Consolador está aqui no mundo, de alguma forma atuante a cerca de dois mil anos, e sem essa sua atuação, a religião cristã é menos que qualquer outra religião arquitetada, inventada pelo ser humano. Isso simplesmente porque as demais religiões fornecem aos seus fiéis um efeito placebo a altura do que vislumbram. É verdade que não mais do que prometem, mas dentro do que se propõem pode-se dizer que sim. Quem tem medo da morte, em vida, bem antes do momento decisivo, por exemplo passa toda a vida religiosa crendo que morrer, renascer, ir voltar, é algo tão natural como dormir e acordar, de novo, de novo  e de novo, isso reza o kardecismo e todas as religiosidade derivada da crença na reencarnação. Maria aparentemente no catolicismo, aplaca toda rebeldia e questionamento, e torna o fiel católico-romano praticante, um fiel naturalmente e demasiadamente resignado ( geralmente o mais simples e sem acesso a cultura universal e a educação escolar de nível mais alto . O budismo, simplificadamente, fornece elementos para que o ser humano harmonize o seu interior com o exterior a si mesmo, dando lhe elementos para autocontrolar-se frente aos desafios e ao caos do mundo natural ou social em torno de si. O Islã, aparentemente retira o homem de sua inutilidade e anonimato e o insere em uma batalha universal em que, nessa batalha, ele afortunada e radicalmente está no único lado correto, seja em que país, nação e em que condição social, esteja, esse homem e essa mulher ( mais do que o homem ) é submisso a única causa legítima do ponto de vista religioso, a única cosmovisão válida,  que valha a pena.

O verdadeiro cristianismo não, ao contrário do que se propõem as demais religiões, e aí a lista é tão vasta que se torna impraticável refazê-la aqui, esse cristianismo verdadeiro, em sua totalidade, é loucura sob todos os aspectos, inclusive religiosos, e é muito mais fácil aparentemente, ter-se algo mais palatável e que possa ser consolidado perante a sociedade, como religião institucional, do que um obra executada pelo próprio Deus e que constantemente rompa com a mais desejável lógica humana, e com qualquer cultura humana real, materializada diante de nós, estejamos onde estejamos, lugar ou época. Ou seja é fácil fazer algo humanamente palatável e afável aos homens e passível de seu natural assentimento e tapinhas nas costas.

Deixe-me dizer algo: eu pessoalmente creio, compreendo que embora não compreenda todas as coisas, Deus, o Deus da Bíblia, o Deus bíblico está no controle da sua obra nesses dois mil anos, em todos os lugares, em todas as épocas e claro agora mesmo. Quando sou grato pela igreja evangélica, desde a Reforma até agora e aparentemente me surpreendo com as novidades e contradições ( que enganam-se os que pensam que acontecem essas contradições e estranhezas somente em nossos dias ) sei que Ele faz o que lhe apraz e usa quem Ele quer usar e algo segundo o seu alto padrão de perfeição sempre foi  e está sendo feito. Não fico perdido entre um movimento evangélico e outro, entre uma denominação e outra, entre um líder e outro, e principalmente entre alguns teólogos e outros pois tento ver como Deus vê ( não por presunção mas por ser o único ponto de vista correto ).

Vamos ao ponto prático e objetivo: a igreja erra quando pende inadvertidamente para a ordem e põe nessa ordem a premissa, algo irredável. Deus não é Deus de confusão, mas contudo não é limitado e restrito pelo que julgamos "normal", solidamente materializado pela tradição e pelo costume. Cegos não são curados todos os dias e só porque não acontece todos os dias , naturalmente quero dizer, não significa que Deus não cure o cego na igreja, você me entende? Não se ouve de mortos ressuscitados, não porque Deus não possa ( isso é patético é claro que pode, todos sabemos e cremos em certa conta nisso ), nem porque não queira ( duvida-se mais disso inquirindo-se se Deus quer ou não fazê-lo de alguma forma e pendendo-se para um fático "não"), mas porque rompe com a sequência natural das coisas, e uma igreja que paute a sua fé na normalidade absoluta das coisas não pode aferir milagres no seu meio. Não há lugar para cancerosos, carregados em macas, moribundos enfim, para isso há em nossa sociedade de planos de saúde ou sem eles, hospitais, as pessoas morrem ou sobrevivem nos hospitais. Igrejas ( muitas delas ) são como clubes para gente bonita, sadia e feliz. 


As vezes são como academias locais de letras, centro de estudos especializados, promovem congressos ( conversações sobre temas relevantes [ !?!] ) ogerizam a teologia da prosperidade não por sua eventual malignidade atribuída ( sua pressuposta irrealidade ), mas porque nas suas igrejas todos têm casa própria, carros do ano e seus filhos ( principalmente do pastor ) estudam nas melhores escolas. Temem um evangelho "macumbeiro" mas se aliam facilmente a teologia liberal, essa sim perniciosa, pois nega a Bíblia e consequentemente o Deus da Bíblia. As vezes fica no meio do caminho evitando tudo que lhe torne mais do que de fato é: um arremedo de cristianismo sem espelho na igreja primitiva. É outra igreja sem nenhum elemento encontrado no ministério de Jesus, aquele mesmo que ela teima em diz que é o seu Senhor e de quem juraria estar fazendo a Sua vontade.  O mundo não odeia essa igreja. De fato ele nem a nota, a desconhece por completo e o Diabo, esse nunca foi incomodado por ela, pois de fato ela não incomoda ninguém. Vive para si e da satisfação própria se alimenta.

A ordem do culto, de todos os cultos, a forma das reuniões, o lugar do sermão, dos cânticos, de tudo, constituem barreiras sólidas à operação de Deus. Jesus em certa ocasião não pode fazer muitos milagres pois em tal lugar as pessoas não criam. Nossas ações são manifestações claras do nosso assentimento ao maneira de Deus operar ou não. De ato mais do que as nossas palavras muitas vezes, aparentando declarações semelhantes e iguais. Não há lugar para que Ele ( Deus ) faça o que não queremos que de fato faça. Claro você pode discordar veementemente dessa minha última afirmação mas tem uma explicação melhor? diga-a então. 


Em certa reunião, uma senhora idosa no meio da reunião ajoelhou-se próximo ao altar, na frente de todo mundo, no meio do "culto" tal qual a futura mão do futuro profeta Samuel clamando a Deus, um diácono sentindo-se como o "segurança do culto", carregou a irmã tirando-lhe da reunião ( provavelmente uma "equipe de choque" a atendeu em uma sala particular dando-lhe alternativas que naquela denominação não se faziam as cosias dessa maneira, etc e tal ). Em outra ocasião uma irmã idosa desmaiou no meio do coral, por estar em jejum, pressão baixa, não importa.Foi retirada cuidadosamente diante da plateia ( demais de duas mil pessoas ), sem sequer atrapalhar a organização dos corista diante da igreja, nem o pastor pregando se virou, acho que nem viu, e ninguém da igreja comentou  ou apontou o dedo para o coral, para expressar alguma manifestação de surpresa ou dó.

Você pode defender uma posição, de que nesses dois casos, prevaleceram o bom senso, mantendo a atenção das pessoas para a ordem do culto, a expressão de louvor  nos cânticos, respeito pelo "local sagrado", ou a compreensão da mensagem pregada, etc. Entretanto mais do que idéias, uma organização de crenças, uma projeção de coisas ideais, o verdadeiro cristianismo constitui-se de coisas reais acontecendo diante de nossos olhos ofendendo a nossa mais consolidada lógica contra as coisas de Deus. Deus não encontra lugar na nossa forma de pensar e ver as coisas, mas ao contrário sempre encontra uma igreja que a exemplo de Caim, possui a sua própria compreensão consolidada de como as coisas devam ser feitas para Deus e que Ele apenas acene positivamente aos nossos atos religiosos, ainda que as vezes legítimos, como foi o sacrifício apresentado por Caim, mesmo por que o erro era de outra natureza e tal qual no episódio relacionado a Caim, se fizermos o que é certo podemos ser igualmente aceitos.

O oposto também é verdade, outros grupos, e muitos de nós almejam uma tão grande liberdade, que as ações originais, se tornam francamente patéticas, embora muitas vezes legítimas. A ânsia por uma manifestação nova e original a cada dia  se torna uma obstinação que francamente se contradiz não poucas vezes. Os "cultos" e reuniões têm que ser obrigatoriamente "animados", artificialmente festivos, enquanto os de outra posição defendem reuniões austeras e rigidamente ordenadas. O tal do grite "bem forte", "tire o pé do chão", "não fique parado", e outros bordões não tão criativos e nem originais do arraial cristão-evangélico, são usados como manutenção de um bom culto, de um "culto abençoado". 


Esquece-se que nem o primeiro e nem o segundo são regras para Deus, ou sejam por si só não constituem modelos a serem seguidos e nem garantem a operação divina por simples imitação, prova e manifestações cabais da operação e presença de Deus, do verdadeiro Deus, do Deus bíblico. A solução é abolir tanto a austeridade de um tipo de reunião, quento a espalhafatosa manifestação em outro? Não, a solução é ter a consciência que nem a obrigatoriedade de um ou de outro, ou a fórmula de um ou de outro, constituem a real obra de Deus e que o segredo, se há, se coloca clara e inequivocamente em outro importante ponto.


Jonas foi para mim, o mais bem sucedido pregador em toda a Bíblia, embora Jonas, por seu particular perfil, não desperte admiração dentre todos os profetas bíblicos. a contra gosto e porque não tinha um plano pessoal, uma ação sua, para fazer a obra de Deus. Jonas não queria a salvação dos ninivitas, inimigos do povo hebreu. Jonas igualmente não tinha uma falsa, mas agradável, falsa e palatável teologia a ser defendida e mantida como um troféu. Jonas tinha uma visão real de Deus, menos num ponto: a Sua misericórdia. Foi exatamente esse ponto que Deus pessoalmente teve que explicar-lhe ( nem imagino se Jonas  concordou e aprendeu sobre o assunto no final do seu livro ). Mas Jonas fez a obra de Deus exatamente do ponto de vista de Deus e  não de si mesmo  ( de Jonas ).

Em termos práticos, não é o culto evangélico tradicional e nem o a reunião neopentecostal, nem a imitação pobre e vazia nem de um, nem de outro, mas a real, verdadeira operação de Deus no seio da igreja segundo o ponto de vista de Deus e necessidade do homens perdidos e carentes, dos ninivitas. A denominação determina por tradição que seja assim ou assado ( que se dane! ) o homem de Deus a frente da igreja, em tese deveria saber o real querer de Deus. Essa é característica única do cristianismo que se pretenda ser o cristianismo bíblico: não dá para relativizar. Ou se tem a vontade de Deus feita na terra ou não se tem. O que se tenha diferente do a que Deus deseje é outra coisa, é oferta de Caim. A denominação,quero dizer a opção por uma outra denominação, a negação das práticas de uma, resolve isso? estar em tal denominação ou não estar resolve o problema? Em parte somente. Lutero teve que deixar o catolicismo romano. Outros deixaram igrejas, denominações, movimentos, teologias e se alinharam a outras. 


De fato, a única e real posição só pode ser definida por uma real e concreta vida de comunhão com o Deus bíblico. Pode-se legitimamente perguntar a muitos religiosos evangélicos que vivem sob a tutela e manutenção de suas denominações e um bando de capichas e "puxa-sacos": quem é verdadeiramente o seu Senhor? O Cristo de Saulo a quem Saulo perseguia ou, o Jesus de Paulo, o maior apóstolo de todos e escolhido, chamado pessoalmente pelo Senhor? Pode-se responder que seja guiado pelo Espírito como Paulo a quem o Espírito disse para não ir a tal cidade e ele teimosamente foi, mas com O ( O Espírito do próprio Deus ) qual tinha ( Paulo ) comunhão e era poe Ele ( O  Espírito, nada menos que Ele mesmo  ) dirigido?

Finalmente de que origem, de quem originam as mensagens pregadas no púlpito, as palavras ditas a cada reunião, os ensinos privilegiados em cada denominação? e ainda os efeitos, os resultados, as mudanças reais acontecidas nas vidas dos que já estão na igreja e dos que chegam a cada dia? Se pudermos responder acertadamente e biblicamente essas questões, estamos no caminho e com a postura corretas.

Por Helvécio S. Pereira

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