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segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

UMA DEFESA HISTÓRICA DO GRANDE EVANGELISTA ACERCA DO CALVINISMO Charles H. Spurgeon



Logo por ocasião da minha conversão passei a prestar grande atenção, além da Palavra de Deus, aos hinos que exaltavam a minha nova fé, aos testemunhos de conversão e de fidelidade dos irmãos mais antigos da igreja, a pregadores que efetivamente levavam a mesma notícia às pessoas. Li entre tantos bons livros evangélicos, impressos e vendidos, não para dar lucro e fama as seus pretensos autores, um livro precioso, verdinho, de capa simples, escrito pelo grande Charles H. Spurgeon ( acho que o tenho em minha biblioteca depois de tantos anos ) narrando o seu trabalho evangelistico.

O Vídeo acima achei-o em um blog cristão evangélico, de posição calvinista. Recorrendo posteriormente ao Youtube pude baixá-lo  e postá-lo nessa postagem para algumas reflexões e análises. Para mim , pessoalmente há outras coisas mais importantes que um debate que inclua falta de amor as vezes , desprezo pelos irmãos de fé as vezes, sectarismo e falta de argumentos consistentes também. Repetições indefinidas e muitas vezes empobrecidas, de temas apenas circunstancialmente relevantes ( explico esse detalhe posteriormente ). O que me faz voltar a esse assunto é que além dos incrédulos, dos ateus, dos de outros credos não-cristãos ainda senti o desafio de não ignorar uma elite evangélica cristã que fundamentalmente se importa menos com os perdidos, faz menos por eles e tripudia qualquer um que não se alinhe com suas lista de crenças particulares. Não por mal talvez, por nossa própria natureza, opinião que esses mesmos compartilham. Não são poucas também as incoerências Bíblicas que tenho colecionado nos últimos dois meses e que passam desapercebidas por se repetirem tantas e tantas vezes os mesmos argumentos em nome de absolutamente nada e justamente por parte de crentes com mais condições de pregarem o evangelho que creem. Tais crentes, entretanto gastam mais tempo repudiando a pregação às multidões, à milagres, à simplicidade da compreensão Bíblica, e aparentemente não se importam com a perdição do ente mais próximo. seja da família ou estranho, em nome sempre da não eleição do outro. Como eles mesmos reconhecem a impossibilidade de saber quem é efetivamente eleito,  pois osso é de fato impossível para nós, pois efetivamente não dá para ver na testa de ninguém a inscrição "eleito", gostaria de  perguntar-lhes como se sentiriam se Deus, o Senhor dissesse explicitamente que o seu filho, filha, esposa, pai, mãe, seu médico, seu amigo, não fosse um dos "eleitos"  e portanto um perdido eternamente?

A reflexão que faço a seguir não apaga a obra e o testemunho de irmãos como João Calvino e o próprio Charles H. Spurgeon, mas do  lembrar que haviam, de fato, um embate particular em suas épocas e  com características próprias de conversão, de construção da fé individual, e isso ao meu ver, deve ser considerado. Aliás quantos calvinistas ( e abomino a necessidade de nomear as pessoas a partir de uma característica absolutamente secundária ) poderiam nas mesmas  condições, incluindo a tuberculose que o forçava a ensinar, pregar por duas horas até, sentado em uma cadeira amparado por outras pessoas? Que  força oriunda da fé teve esse homem e que embates teológicos era forçado a se envolver quando constantemente a sua crença era posta à prova por aquela fé que se impunha de forma hegemôncia sobre poderosos e ignorantes, indiscriminadamente, e que os fazia permanecer nas mais densas trevas?  

O problema é quando qualquer um de nós quer dar todas as respostas a temas que nem careçam de uma descrição mais analítica. Desconfie de qualquer livro, de qualquer autor, que possa arriscar-se em escrever duzentas páginas ou mais, explicitando alguns poucos textos Bíblicos, pois este certamente se equivocará e levará tantos outros a equívocos igualmente desnecessário. Forçosamente terá de se socorrer de outros que se alinhem a suas  idéias. A Bíblia só, aparentemente, não lhes basta e que algo  deva sempre  ser acrescentado, para a compreensão Bíblica mais correta, e desejável sempre algum tipo de tutoria de homens, até crentes, mas não somente a do Consolador prometido e dado a todos os que creem.

Vamos por partes, entretanto:

Primeiramente o discurso de Charles H. Spurgeon não foi destinado aos ouvidos de qualquer pessoa, com parcos conhecimentos doutrinários e Bíblicos, ou pessoas não afeitas e sensíveis a esse tipo de debate. Spurgeon conhecia muito bem quem eram e quais as posições de seus interlocutores e são essas posições que guiam o seu discurso ( mais ou menos o que faço agora, analiso cada afirmação de Charles H. Spurgeon e as analiso contextualmente, refutando-as ou não, com uma a apresentação de uma base lógica e Bíblica, que é o nosso caso ).

Em segundo lugar a espinha dorsal de seu discurso é o Calvinismo com o qual se alinha finalmente em oposição  ao Armenianismo difundido e acatado por outros em seus dias. Não é uma pregação do evangelho do qual foi grande expoente em sua época, mas de uma posição teológica. Grandes e sinceros pregadores tem hoje posições teológicas distintas que nem são tão persceptíveis ao ouvinte comum ( para o bem ou para o mal ). Essa distinção é importante. Trata-se de um debate entre crentes e não contra incrédulos. Comprove-se isso por volta de 1:14 min do vídeo quando ele afirma:

"Eu conheço alguns que pensam ser necessário ao seu sistema de teologia limitar o mérito do sangue de Jesus"

Como reflexo de quem argumenta através de um dicurso a eloquência se apresenta como forte elemento de convencimento ( idéias absurdas podem seer apresetnadas com eloquência surpreendente ) cita a infitude de Deus e a miríades de salvos ( 2:52 ; 3:11min ) para afirmar uma  primeira impropriedade da teologia calvinista (  3:52 min )   que Cristo não morreu por todos. Você pode até afirmar que isso não é exatamente um problema. Os salvos reconhecem a obra redentora de Nosso Senhor,  e portanto ao final das contas a vida, morre e ressurreição vitoriosa de Jesus só é válida para os salvos, já que os demais por terem-na rejeitado ou a ela não serem predestinados se perderam mesmo. Mas a repercussão em termos de pregação aos demais homens e mulheres são desastrosas. Chega-se a uma afirmação absurda ( 3:52/53 min ):

Se Cristo pretendia salvar na cruz, todos os homens, então ele pretendia salvar aqueles que estavam perdidos antes que ele morresse.

Para justificar a teologia da qual objetiva a sua defesa chega a desvarios racionais tais como encontramos em 



Se a intenção de Cristo era salvar todos os homens, quão lamentavelmente, ele  deve ter ficado  ( em 4:24  min ) refere-se ás milhares de pessoas lançadas no inferno de acordo com a  teoria da redenção universal (!!) Ficamos sabendo qual das idéias de seus opositores Charles H. Spurgeon se põe a combater. Será que é o mesmo inimigo que os calvinistas de hoje tem como desafio diante de si combater? Salvação final de todos é chamada Reconciliação Universal, que aparentemente ninguém translocadamente defende hoje em dia, particularmente no Brasil.


Em ( 4:53 min ) outra idéia absurda no meio evangélico, portanto é impensável o calvinismo como teologia de combate a essa idéia:
 
Pensar que o meu Salvador  morreu por homens que estavam ou estão no inferno, apresenta-se a mim como uma suposição horrível demais para que eu possa acolhê-la.

Pergunto, que igreja evangélica cogita dessa idéia absurda e estapafurdia a ponto de se recorrer ao calvinismo como única e mais tangível  resposta?

Em ( 5:50 min ) em diante o discurso eloquente prossegue sem uma citação Bíblica sequer com referências a mitologia ( parte inerente naturalmente a dicursos destinados a elites cultas, como são círculos teológicos ).

Em ( 6:31 min ) cita Agostinho ( só para citar eu sei quem foi Agostinho e de sua real importância para a formação do pensamenteo cristão a partir de sua época em diante ). Eu preciso de Santo Agostinho para entender a revelação Bíblica? Ele ou o conhecimento de seu pensamento só me são úteis para entender como o pensamento filosófico-cristão subsequente se desenvolveu até hoje com suas idas e vindas, nada mais e nada menos que isso.   

Ainda a partir de ( 6:31 min ) descobrimos que a época, o calvinismo era considerada uma religião e portanto uma igreja menos divina, mais secular que a Igreja Católica Romana e Charles H. Spuergeon faz uma defesa  apropriada. Cita ele, Santos Agostinho, os Puritanos, volta no tempo, sem citar nomes, supõe-se conhecidos pelos seus opositores, dos pais da fé, até Cristo, defesa que contrapõe a malfadada história da Igreja católica e a sua "sucessão apostólica". Vemos que o campo das disputas é absolutamente outro dos debates modernos e contemporâneos.


Em ( 7:45 min ) cita a sua própria eleição juntamente com os demais calvinistas como valorização da sua teologia  ( não igreja ). 

Em ( 8:18 min ) apresenta o argumento de que um homem não pode apresentar uma crença errada sem que a  sua vida venha a apresentar uma vida errada. Eu creio que uma coisa naturalmente leva a outra. 

 Trata-se de um argumento e uma comparação lógica para o momento do debate, para calar os interlocutores embora a Bíblia demonstre curiosamente que não é sempre assim. A minha fé é correta ( se o é ) não porque eu necessariamente consiga ser melhor do que outro que não apresenta a fé correta conhecida e pregada por mim ( deveria !!)


Em ( 8:57 min ) dá a bordoada lógica final, em termos de discurso, "a menos que Cristo venha  a ser crucificado de novo e exposto á vergonha", sensibilizando os seus interlocutores e opositores que também se consideram cristãos e crentes no Salvador.

Essa é uma análise feita de um excelente documetário sobre a defesa Charles Haddon Spurgeon  acerca do Calvinismo frente a seus interlocutores e opositores em sua época. Está disponível no YouTube em quatro partes, sendo essa a quarta delas,em  um ótimo trabalho produzido por Vídeo Reformados, Uma defesa do Calvinismo, com narração de Josemar Bessa.

O objetivo dessa postagem não é denegrir o calvinismo nem tão pouco a figura de João Calvino mas de apresentar o cenário próprio da época dos referidos embates e da secundária importância de trazer literalmente tal discussão para os dias de hoje, apenas por simpatia a uma ou outra posição.

Charles Haddon Spurgeon viveu entre um pouco depois do início e quase fim do século XIX, mais exatamente, junho de  1834- janeiro de 1892.


por Helvecio S. Pereira

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